Não sou do tipo de pessoa que consegue desafiar o relógio biológico. Há quem diga que não importa o quanto tenha dormido durante o dia, vai conseguir dormir durante a noite sem problema nenhum. Para mim, isso é praticamente impossível.
Não é sempre que acontece, mas quem nunca deu aquela cochilada longa durante a tarde? Principalmente depois de uma noite na qual você nem dormiu tão bem. O problema é que os efeitos dessa cochilada tendem a se manifestar, pelo menos, até a noite do dia seguinte. Isso porque eu quase nunca consigo dormir no horário certo quando chega a noite após uma situação dessas.
Quando finalmente consigo dormir, só tenho poucas horas até precisar acordar para realizar os compromissos diários. Então, o próximo dia é uma sequência de momentos de cansaço, olhos querendo se fechar e pensando que deveria ter dormido menos durante a tarde, para conseguir dormir mais durante a noite.
O problema do relógio biológico é que o seu ajuste é mais complicado do que simplesmente puxar os ponteiros para lá e para cá. Quando o desajuste leva alguns dias e o corpo se acostuma, é pior ainda. O tempo de recuperação requer muita persistência para resistir à tentação de, novamente, dar aquela dormidinha durante a tarde. Eu já desisti de ir contra o relógio biológico. Prefiro aceitar a realidade de que os esforços para dormir não servirão de nada e me distrair por um tempo enquanto a hora certa não chega.