Redes sociais

Mairiporã é uma das poucas cidades em que a política não tem adversários, mas sim inimigos. Impressionante a capacidade que filiados e candidatos têm em dar ênfase a essa situação, como se o mundo girasse em torno deles e como se a vida fosse apenas uma disputa eleitoral.

Houve época em que o simples fato de se candidatar era motivo mais que suficiente para se criar inimigos, com direito a rompimento de amizades.

Ao longo de cinco décadas, isso mesmo, cinquenta anos depois, nada mudou. Ao contrário, o recrudescimento é tanto, que a falta de diálogo evidenciou que definitivamente falta não só conhecimento, mas preparo político e social.

Com as eleições às portas, essas diferenças vão se tornar ainda mais flagrantes, porém com uma ferramenta que vem sendo usada como se fosse o remédio para todos os males: a internet. Longe disso! Redes sociais são o penico do mundo.

A sinalização que se tem é que a campanha eleitoral vai sangrar nas redes sociais. O ano mal começou e elas (as redes) são alimentadas por pessoas despreparadas, muitos deles com sintomas claros de idiotice, com publicações mentirosas (as tais fake news), cujo propósito extrapola a missão de bem informar. Agridem a dignidade humana e menosprezam o respeito que todos devem ter para com o próximo.

O momento exige reflexão, bom senso e ao mesmo tempo serve de alerta ao leitor, que deve se precaver e não dar crédito ao interpretar tais publicações. Qualquer meio de comunicação, seja qual for, tem que desempenhar a função com seriedade, com respeito às pessoas. Até por isso, raros são os que gozam de credibilidade na missão de informar.

Até a chegada da votação, as redes sociais vão ser o fiel depositário dos insanos e daqueles que buscam o ‘grande golpe de suas vidas’ a qualquer preço. Grupelhos que pretendem disputar a Prefeitura vão ultrapassar os limites do tolerável, como se o futuro da cidade fosse um jogo exclusivo de candidatos. Foi assim em pleitos anteriores.

Esse conjunto de ações que está em pleno andamento, coloca a população como meros espectadores daquilo que certamente vai dar início ao discurso de ódio.

A sociedade mairiporanense, no entanto, sabe distinguir o harmonioso do desagregador, o ódio e rancor do esperançoso e crédulo, o otimista do pessimista e os que vivem apenas como parasitas.