Volta e meia nosso prefeito (embora não tenha votado nele, é nosso prefeito) divulga fotos e vídeos com obras de asfalto em alguns bairros. Medida justa, afinal, periferia também integra a cidade.
O contrassenso fica por conta da Avenida Tabelião Passarella, a principal artéria da cidade, que concentra 70% (talvez um pouco mais, um pouco menos) do tráfego de veículos de moradores e também do mundo, já que essa via virou elo de ligação entre estradas que desembocam na Fernão Dias.
O que impressiona é a falta de atenção do prefeito. Ele não passa pela Tabelião? Não dá umas incertas pelo município? Nenhum de seus assessores sabe da situação da avenida? Incrível isso!
A Tabelião está completamtente esburacada, com verdadeiras crateras que, nos últimos dias, se transformaram em tanques, tamanha a concentração de água das chuvas. Os desníveis também fazem parte da cesta de problemas. Fico a me perguntar: se a principal avenida da cidade coleciona toda sorte de avarias, o que vamos encontrar em ruas que não têm a mesma importância?
Nem vou me dar ao trabalho de discorrer sobre a cantilena do prefeito de que não há dinheiro. O que me deixa indignado é um prefeito alardear que é muitíssimo amigo do governador, mas não consegue recursos para arrumar a maior e mais tradicional avenida da nossa urbe. Por certo estou muito exigente, pois deveria saber que o prefeito não consegue coisa alguma no Estado. Tivesse um mínimo de vontade política, e não teríamos outros e muitos problemas espalhados por toda a cidade. Dentre eles o hospital, que a esta altura podemos considerar como ‘elefante branco’, que custou ao Estado (e a nós também, que pagamos impostos) a bagatela de R$ 9 milhões.
PS: Também em matéria de crateras que viraram tanques d’água, o terminal rodoviário foi o primeiro a colecioná-los. O ‘nosso’ prefeito poderia, quando tiver um tempinho, passar por essas localidades. E isso não vai lhe custar nada, afinal, a gasolina do elegante bólido oficial é paga com o nosso dinheiro.