Desde que as administrações do município criaram um departamento específico para cuidar do trânsito na cidade, que os problemas se acumulam. Ao invés de soluções, criam-se mais e mais dificuldades.
Nos últimos 16 anos as pessoas colocadas para cuidar desse setor vital mostraram-se ineficientes, mal conheciam do assunto e adotaram medidas próprias de amadores.
O que se espera do prefeito eleito, que em seus dois mandatos anteriores também nomeou gente que não era do ramo, viu o problema aumentar, e isso se repetiu no atual governo. A expectativa, diante do quadro caótico que a cidade vive em sua mobilidade urbana, é que seja nomeada uma equipe de profissionais experientes e com conhecimento suficiente para encontrar soluções.
Com uma frota cada vez mais crescente e a transformação da sua diminuta malha viária em rota de fuga de carretas, caminhões e automóveis que buscam acesso à Fernão Dias, não resta outra alternativa que não seja resolver a questão com eficácia.
As intervenções mais imediatas fazem referência ao fluxo de veículos, mudanças de mão de direção, instalação de semáforos e radares, sinalização e implantação de mais lombofaixas, ações que também devem chegar aos bairros.
Para especialistas, o prefeito deve fazer uma divisão interna para tornar o serviço mais eficaz. Deve ter vida própria, com equipe exclusiva, sem intervenção de quem quer que seja, especialmente de vereadores, que usam do cargo para ‘jeitinhos’ em inúmeras situações.
Se existem prioridades nas áreas da Saúde e Educação, a mobilidade urbana deve ser incluída nesse pacote. O escolhido para comandar é quem deve decidir sobre as intervenções a serem feitas, sem palpites e soluções ‘mágicas’. O prefeito eleito deve avaliar com acuidade quem será o responsável pelo trânsito.
Também ajudaria muito se os agentes de trânsito passassem a enxergar a população como aliada. Hoje, há um confronto visível e não seria absurdo dizer que falta aos agentes uma reciclagem que leve a uma mudança de comportamento. Afinal, a população é parceira e poderia ser chamada para colaborar e apresentar alternativas.
Por outro lado, os motoristas devem fazer a sua parte e conscientizar-se de que precisa respeitar e cumprir a lei.
Comandar o Trânsito não é só cuidar da plaquinha com nome de rua e multar de forma desenfreada. Vai mais além.