Se existe algo que o ser humano sabe fazer bem é olhar para o céu e imaginar. Primeiro foram os deuses, depois os astros, hoje os telescópios gigantes. Entre uma estrela e outra, a pergunta continua a mesma: será que estamos sozinhos? As respostas variam conforme a época. Os equipamentos modernos procuram planetas parecidos com a Terra, cientistas caçam sinais no espaço e escritores de ficção científica já criaram de tudo – de ETs fofinhos a invasores perigosos. Mas, curiosamente, a ideia de que não estamos sós é mais antiga do que parece.
Muito antes de filmes de Hollywood mostrarem naves pousando no deserto, os antigos sumérios já registravam em suas lendas seres celestes que participaram da criação e evolução dos seres humanos. Essa civilização antiga falava dos Anunnakis: seres poderosos que, segundo as tábuas de argila, desceram dos céus e tiveram papel fundamental na criação da humanidade.
Para a arqueologia tradicional, trata-se apenas de mitologia. Para os entusiastas da teoria dos “Deuses Astronautas”, esses seres seriam extraterrestres de carne, osso e, quem sabe, até de nave espacial própria.
A ideia foi popularizada por Erich von Däniken, no clássico “Eram os Deuses Astronautas?” (1968), no qual ele sugere que pirâmides, linhas de Nazca e até a invenção da roda teriam recebido um empurrãozinho de fora deste mundo.
Porque, convenhamos, se fosse para esperar a humanidade inventar tudo sozinha, talvez até hoje estivéssemos tentando descobrir como abrir um coco sem perder a paciência. Há quem vá além: alguns acreditam que os Anunnakis não apenas vieram, mas que ainda estão por aqui, discretamente infiltrados entre nós. Se você reparar bem, talvez já tenha desconfiado daquele colega do trabalho que nunca pisca e toma cinco cafés por hora!
Brincadeiras à parte, a teoria dos “deuses astronautas” nos provoca a pensar. Enquanto a ciência busca sinais claros de vida inteligente lá fora, seguimos aqui na Terra, lidando com a dúvida eterna: estamos sozinhos ou fazemos parte de um grande condomínio galáctico?
Será que as grandes conquistas da humanidade são exclusivamente nossas ou tivemos uma ajudinha interplanetária? Se existirem vizinhos cósmicos, será que são mais organizados que nós? Será que são inteligentes suficientes para não destruírem o próprio planeta? Será que também têm trânsito às 18h, boletos para pagar e discussões sobre política? São tantos devaneios de uma mente agitada!
E como bem questionou Carl Sagan (astrônomo, astrofísico, escritor e divulgador científico): “O que seria mais assustador? A ideia de extraterrestres em mundos estranhos ou a ideia de que, em todo este imenso universo, nós estamos sozinhos?”.
De qualquer forma, se um disco voador aparecer no seu quintal, lembre-se de duas coisas: primeiro, respire fundo. Segundo, ofereça uma Coca-Cola gelada (ou uma cerveja, se você preferir) porque, se realmente forem os Anunnakis voltando para uma visitinha, nada melhor do que receber os “antigos deuses” com uma boa hospitalidade.
E eu, como vocês já sabem, prefiro viver assim, sei que sou mais feliz desta forma… leve, curiosa e rindo das ideias mais malucas que surgem na minha cabeça. E a você, caro leitor, desejo que se permita questionar – afinal, a vida fica mais interessante com um pouco de mistério. Quem sabe, do outro lado das estrelas, alguém também esteja olhando para cá, se perguntando o mesmo sobre nós.
Drielli Paola – @drielli_paola. Servidora Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo. Bacharel em Direito, com pós-graduação e extensões universitárias na área jurídica. Entusiasta de psicologia, história, espiritualidade e causa animal. Apaixonada pela escrita.