O ‘presente de grego’ que a administração Aiacyda e sua tropa de choque na Câmara deixaram para o sucessor tem dado dores de cabeça intensa, porém está levando a população ao desespero. Estamos falando do transporte coletivo em Mairiporã, que assumiu emergencialmente em agosto do ano passado e descumpre o contrato que assinou.
Falta de ônibus, supressão de linhas e horários não cumpridos são alguns desses problemas, e submete os usuários a perder o dia de trabalho, não comparecer a compromissos agendados, ou seja, um descaso que parece distante de ter solução.
Não adianta mais culpar os irresponsáveis que participaram do processo de troca de empresa (ex-prefeito e vereadores reeleitos), pois não demonstram nenhum interesse em dar a cara à tapa, em assumir a burrada que patrocinaram e agora fingem-se de mortos.
A Prefeitura, que é o agente concessor e tem maior poder fiscalizador, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana, até tem buscado solução, mas enfrenta a resistência de empresários do setor que, consultados, disseram não ter nenhum interesse em realizar o serviço no município.
A população está revoltada, assim como funcionários da empresa VEM (Viação Eduardo Medeiros), que não entrega aquilo que assinou no contrato com a Municipalidade.
O esforço descomunal que os vereadores reeleitos e a antiga administração fizeram para tirar uma empresa que prestava o serviço há mais de 30 anos, resultou na situação degradante e inaceitável que se assiste.
Mesmo com dificuldades e não tendo culpa na bagunça que fizeram, o governo Aladim vai ter que encontrar uma solução sob pena de pagar um alto preço político.
A população já escancarou o problema e aguarda por mudanças no transporte coletivo. De camarote, a ETM (Empresa de Transportes Mairiporã), que foi tirada do serviço que oferecia por interesses inconfessáveis dos políticos, assiste a todo esse imbróglio que tem feito os usuários de palhaços.
Seria cômico, não fosse trágico, o trocadilho que, mesmo infame, é cabível neste momento: O VEM que não vem”