O papel do eleitor na vida de Mairiporã não termina na eleição. Ele também será responsável pelas escolhas que fizer pelos próximos quatro anos. Mairiporã precisa com urgência mudar o prefeito e boa parcela dos vereadores. Precisa cobrar uma postura diferente de quem vai administrá-la e que o escolhido tenha prioridades e metas, e que elas sejam cumpridas.
Domingo, o mairiporanense vai às urnas e tem que avaliar o que foi feito nos últimos quatro anos da legislatura que se encerra em dezembro. Certamente não deixará de considerar que a cidade como um todo não evoluiu, não cresceu, ao contrário, viu sua economia ruir antes e após a pandemia, sem que a gestão pública fosse capaz de solucionar problemas, encaminhar sugestões e aceitar que errou muito.
O prefeito, senhor Antônio Aiacyda, está no cargo há 12 anos e basta uma olhada mais atenta para observar que os mesmos problemas de sempre não foram resolvidos, a começar pela área da Saúde.
Paralelamente à má administração, o prefeito coleciona uma interminável lista de ações judiciais e, uma hora, demore ou não, vai ter que responder por elas.
Nesta sua terceira passagem pela Prefeitura, se viu metido em vários escândalos, como dos semáforos, instalados sem necessidade alguma, caros e pagos pelo bolso do trabalhador e o mais grave, não funcionam. Foi além disso, alugou um imóvel no bairro do Mato Dentro, para o funcionamento de uma escola, o que não se efetivou. Mas como é ‘cumpridor de seus deveres’, especialmente quando o dinheiro é público, pagou todos os aluguéis do tempo de contrato e, ao final, como um ‘amigo’ devotado, deu emprego comissionado à proprietária do imóvel.
E mais recentemente, a questão do dinheiro repassado à Associação Nossa Senhora do Desterro, cujas contas foram rejeitadas pela Comissão da Saúde e que resultaram num pedido de improbidade administrativa dele e da secretária de Saúde em relatório final da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que está sendo enviada ao Ministério Público.
Se todos esses fatos tivessem sido fiscalizados com maior acuidade pelos vereadores, um ano antes, por exemplo, e o senhor Aiacyda estaria com o mandato cassado.
Em qualquer lugar com um Judiciário menos lento, e o prefeito não estaria só cassado…
Ozório Mendes é advogado militante na Comarca, foi vereador e presidente da Câmara na gestão 1983/1988