As transformações digitais vem ressignificando valores e comportamentos. É básico vermos uma criança desvendar com normalidade um enrosco digital apresentado pelos mais velhos, até parece que está no DNA dessa meninada. Evidentemente, não se trata de genética, mas da facilidade da aprendizagem diante da modernidade. As crianças ainda não têm as barreiras que a vida pode nos proporcionar, estando abertas para aprender.
Após o período pandêmico que afetou sobremaneira a educação, pensarmos alternativas e renovações, em especial, pela aceleração da transformação digital que é uma das principais tendências da educação, romperia com a mesmice e abriria horizontes para nossas crianças, em especial para aquelas em período de alfabetização e para os adultos educadores e sendo assim, posso imaginar, que o ensino tradicional vai se adequar a esse contexto tecnológico e proporcionará aos alunos a oportunidade de conviverem com tais inovações.
A educação tem como missão oportunizar aos seus alunos a cultura de aprendizagem ao longo da vida. Parece fácil, mas os adultos educadores necessitam também vivenciar a aprendizagem ao longo da vida e servirem de exemplo para incentivarem seus alunos.
Outro desafio está na educação híbrida, que em muitas redes públicas serve de alternativa na pandemia. Seria fundamental que as regiões do município de Mairiporã contassem com acesso à internet, pois há escolas com tal dificuldade, salvo engano. Enfim, mesclar o ensino presencial com o chamado à distância, possibilita maior autonomia para as crianças, criando maior acesso ao conhecimento ofertado por tais tecnologias. Evidentemente, é necessário acompanhar o ritmo e as dificuldades dos alunos e para tanto os docentes também precisam estar preparados. Tudo depende da vontade política dos gestores à frente dessas redes de ensino que, também, precisam acreditar que tais inovações são necessárias, ou seja, também é necessário que reconheçam o valor dessa inovação educacional.
Aparentemente, tal iniciativa além de oportunizar o acesso ao conhecimento formal também incentiva um conjunto de habilidades sociais nesses alunos que ao aprenderem com mais facilidade se relacionam com mais fluidez.
Fundamental adequar os conteúdos programáticos, pois com o ensino híbrido, mais digital e atendendo as necessidades específicas do aluno há que se pensar e equilibrar o volume de informações que, gradativamente, deverá ser absorvida e acumulada pelos estudantes.
Desta forma, o mundo digital e tecnológico romperão os muros das escolas!
Essio Minozzi Jr. licenciado em Matemática e Pedagogia, Pós-Graduado em Gestão Educacional – UNICAMP e Ciências e Técnicas de Governo – FUNDAP, foi vereador e secretário da Educação de Mairiporã.