O contribuinte certamente não sabe tudo sobre aquilo que paga aos cofres públicos. No caso de Mairiporã, existe o ITBI (Impostos de Transmissão de Bens Imóveis), um tributo que deve ser pago na aquisição do imóvel, sem o qual a transação não se concretiza, ou seja, não pode ser lavrada a escritura em cartório.
E mais uma vez entra em cena, como protagonista, a administração do senhor Antônio Aiacyda. Até o final de dezembro de 2018, quem comprava imóvel na cidade pagava o percentual de 1,5% sobre o valor da venda. A lei é de 1997, do então prefeito Arlindo Carpi, que reduziu à metade (para 1,5%) o tal imposto. Isso fez com que os custos de uma transação imobiliária fossem menores e estimulasse o mercado imobiliário.
Mas a busca incessante por dinheiro, venha ele de onde vier, fez com que o senhor Antônio Aiacyda revogasse a lei e impusesse ao cidadão o pagamento do dobro, ou seja, de 3% na hora de lavrar a escritura. O novo percentual passou a valer em janeiro último. O que tenho observado é que o prefeito busca dinheiro a qualquer custo, mas não está sozinho nessa empreitada. Conta sempre com a pronta colaboração da Câmara. Essa conivência dos vereadores precisa ser lembrada aos eleitores todo o tempo, em especial em 2020, ano eleitoral, assim como outras parcerias entre os dois poderes.
Se por um lado o prefeito não mede esforços atrás de dinheiro, por outro se faz de desentendido, até de forma cínica, quando outro componente poderia muito bem ajudá-lo a reforçar o combalido erário: acabar com a farra de comissionados, responsáveis por considerável gasto mensal, uma vez que recebem excelentes salários.
Aumentar a taxa de lixo, o ITBI, o IPTU, o ISS, a taxa de iluminação e tantos outros impostos, é uma marca do senhor Antônio Aiacyda e dessa Câmara que está longe de representar os interesses do nosso povo, para a qual foi eleita.
Como desgraça pouca é bobagem, o cidadão de Mairiporã que se prepare, pois dia e noite nossos governantes trabalham com um único propósito: tungar o combalido bolso do contribuinte.