A estiagem que teve início na segunda quinze de maio e avançou sobre junho, fez com que o nível de água armazenado no Sistema Cantareira caísse para 48,7%, muito abaixo do índice considerado normal pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), de 60%. Com o volume operacional de hoje, o manancial está dentro da faixa de ‘atenção’.
Os reservatórios do Cantareira têm nesta semana, 478 milhões de metros cúbicos, e até o momento choveu 40 milímetros para uma média esperada de 55,6 mm. Na comparação com igual período do ano passado, a queda no nível é de 27,7%, já que naquela oportunidade o total armazenado era de 661 milhões de metros cúbicos e volume operacional de 67,3%.
Desde o ano passado o Cantareira tem mantido o nível de armazenamento abaixo de sua capacidade máxima (volume útil, sem considerar a reserva técnica) de 982 milhões de metros cúbicos.
O resultado do primeiro semestre de 2025 está abaixo dos 60% que a Sabesp considera como nível normal, porém um resultado que não gera preocupação no abastecimento neste momento. O Sistema Cantareira atende 7,5 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo e algumas cidades do Interior do Estado.
Níveis – A captação de água do Sistema Cantareira é condicionada ao nível de armazenamento de água do manancial observada no último dia de cada mês. Foram criadas cinco faixas, definidas por uma resolução conjunta da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), em 2017, e que devem ser seguidas pela Sabesp: normal, quando o nível do reservatório é igual ou maior que 60%; atenção, quando é igual ou maior que 40% e menor que 60%; alerta, quando está maior que 30% e menor que 40%; restrição, quando é maior que 20% e menor que 30%; e especial, quando o volume acumulado é menor que 20%. Essas faixas orientam os limites de retirada de água do sistema. (Juarez César/CJ – Foto: EBC/Arquivo)