O volume de água armazenada no Sistema Cantareira, formado pelas represas Paiva Castro, Águas Claras, Cachoeira, Atibainha, Jaguari e Jacareí, está muito próximo da faixa especial, que vem a ser o nível mais baixo e crítico estipulado pela ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico).
O Cantareira abastece as cidades de Mairiporã, Franco da Rocha, Caieiras, Nazaré Paulista, Piracaia, Joanópolis, Vargem e Bragança Paulista, além de bairros de São Paulo e outras cidades da Região Metropolitana.
Dados de ontem, do Painel de Mananciais, da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), mostram o Cantareira com 24,4% da capacidade total.
Esse nível coloca o sistema na faixa quatro (restrição), correspondente a volumes entre 20% e 30%. Se chegar abaixo de 20%, a retirada de água será de até 15,5 metros cúbicos por segundo. Na fase atual é permitida a captação de até 23 metros cúbicos por segundo.
Racionamento – Desde o dia 22 de setembro a Sabesp ampliou a redução noturna da pressão da água, no horário compreendido entre 19h e 5h. Segundo a empresa, a medida economizou 4,9 bilhões de litros de água, porém a falta de chuva fez com que o volume caísse 0,2% diariamente.
Para se ter uma ideia da estiagem, normalmente a média histórica de chuva em outubro é de 130,5 milímetros, e faltando 9 dias para o final do mês, choveu 72,4 milímetros.
Em outubro do ano passado, no mesmo período, o Cantareira tinha 46,6% de água armazenada, volume de 457,27 milhões de metros cúbicos, e havia chovido menos, 63,6 milímetros, para a mesma média histórica deste ano.
Segundo os institutos de meteorologia, o período chuvoso ainda em 2025 tinha previsão de retorno no início da segunda quinzena deste mês, porém isso ocorreu apenas em outras regiões do País, e não no Sudeste.
A estimativa é que novembro deverá ter maiores volumes de chuva e com isso minimizar o problema do estoque de água do Cantareira. (Salvador José/CJ – Foto: Sabesp/divulgação)