DADOS relatório Perfil Sociodemográfico dos Magistrados Brasileiros – 2018, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mostram que as mulheres representam 38% da magistratura. O segmento de Justiça do Trabalho é o que conta com a maior proporção de mulheres: 47%. A Justiça Estadual vem na sequência, com 36%, e a Justiça Federal com 32%. O trabalho identifica quem são os magistrados do País em suas características demográficas, sociais e profissionais. Mais de 11 mil juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores participaram da pesquisa, ou seja, 62,5% do total de magistrados do Brasil.
A distribuição de gênero de acordo com o período de ingresso na carreira mostra que entre os magistrados ativos que ingressaram até 1990, a proporção de mulheres é de apenas 25%. Para os que ingressaram de 1991 a 2000, chega a 40%.
Perfil – As mulheres representam 41% dos ingressantes entre 2001 e 2010; e 37% dos que entraram na carreira a partir de 2011. Houve queda na representatividade de mulheres entre os ingressantes a partir de 2011 em todos os segmentos e representam 44% dos juízes substitutos; 39% dos juízes titulares e 23% dos desembargadores.
O relatório apontou ainda que a idade média do magistrado brasileiro é 47 anos, a maior parte (80%) é casada ou possui união estável. As mulheres são minoria em todo o Poder Judiciário (37%). A Justiça do Trabalho é a que apresenta um maior equilíbrio de gênero: 47% de mulheres e 53% de homens.
Quanto ao perfil étnico-racial, 80,3% dos magistrados se declaram brancos, 18,1% negros (16,5% pardos e 1,6% pretos) e 1,6% de origem asiática. Apenas 11 magistrados são indígenas. De acordo com o relatório, “a diversidade étnico-racial é um pouco maior na Justiça do Trabalho em comparação às Justiças Estadual e Federal”.
Qualificação – Outro dado relevante se refere à qualificação: 43% dos magistrados completaram algum curso de formação ou capacitação no período de 12 meses antes da data da pesquisa (realizada entre 9 de abril e 30 de maio). A Justiça do Trabalho é a que apresenta maior proporção de magistrados com capacitação recente: 54%, seguida das Justiças Federal (44%) e Estadual (40%).
Em relação à trajetória profissional, o relatório apontou que 67% ocuparam algum cargo público antes de ingressar na magistratura, e 12,4% exercem algum tipo de atividade docente.