Mensalidade escolar em 2026 deve ser o dobro da inflação

O ano letivo de 2026 ainda demora, mas pais de alunos devem estar preparados para as mensalidades das escolas particulares. Segundo o Grupo Rabbit, consultoria especializada em instituições privadas de ensino, o reajuste médio para o ano que vem será de 9,8%, mais que o dobro da inflação prevista para este ano, conforme a Focus, do Banco Central, de 4,83%.
O estudo realizado pelo Rabbit ouviu 308 escolas de todas as regiões do País e diz que a alta será a mais pesada dos últimos anos. Nos dois anos imediatamente anteriores, 2023 e 2024, os aumentos foram de 9,3% e 9,5% respectivamente.
A expectativa, neste momento, é que a maioria dos colégios comece a divulgar os novos valores no início deste mês, quando começam as renovações de matrícula. Na capital paulista, dois colégios tradicionais já anunciaram os reajustes: no Colégio Bandeirantes, o aumento será de 11,5%, enquanto o Objetivo, com 14 unidades na capital e região metropolitana (uma delas em Mairiporã), prevê aumentos entre 7,5% e 9,2%.
Cálculo – Ainda de acordo com a consultoria, três elementos são utilizados pelas escolas no cálculo que fixa a mensalidade: a inflação acumulada no período, os investimentos feitos no ano anterior e os reajustes salariais de professores e funcionários.
Cerca de 70% das escolas estão mais endividadas hoje do que antes da pandemia, segundo o Grupo Rabbit. Nos quatro primeiros meses deste ano (janeiro/abril), a inadimplência variou entre 4,8% e 5,4%, mas em algumas unidades chegou a 20%.
Negociação – Analistas são unânimes em afirmar que o caminho deve ser a negociação individual. Para o Ibre/FGV (Índice de Preços da Fundação Getúlio Vargas) o reajuste reflete custos crescentes de aluguel, manutenção e energia. (Da Redação – Foto: Divulgação)