Comer fora do lar tem consumido boa parte do orçamento dos mairiporanenses. Os gastos com alimentação fora do lar já representam a quarta maior despesa, atrás apenas dos custos com a manutenção do lar, veículo próprio, compra de alimentos para consumo doméstico e aquisição de materiais de construção.
Pesquisa realizada anualmente pela ipc Maps, empresa especializada no cálculo de índices de potencial de consumo, estima que até o final deste ano as refeições fora do domicílio cheguem a R$ 149 milhões, o que corresponde a 3,7% de todas as despesas de consumo, do total de R$ 4,02 bilhões, e em números absolutos, R$ 10 milhões a mais que em 2023.
Fatores – Alguns fatores, segundo analistas, contribuem para os gastos com alimentação fora de casa: novo modelo de família, cada vez mais enxuta; a quase inexistente oferta de empregadas domésticas; a facilidade e o ganho de tempo no deslocamento com o transporte, cada vez mais com custos elevados, e as opções pela refeição em local próximo ao trabalho.
O aumento na demanda de clientes, faz com que a concorrência do setor promova uma disputa por valores mais acessíveis, dentro das diferentes faixas de preço, o que leva uma parcela maior da população a ter acesso a esse serviço.
Crescimento – Se os consumidores preferem fazer as refeições fora de casa, essa tendência tem chamado a atenção do mercado, que acompanha o crescimento dessa demanda. Estima-se que novos estabelecimentos voltados à alimentação aumentem cerca de 35% ao ano, em Mairiporã.
Além de restaurantes e lanchonetes, que também crescem, mas em ritmo mais lento, a cidade registra hoje 911 estabelecimentos cadastrados na área de alimentação. A venda das chamadas ‘quentinhas’, que são entregues em domicílio ou no trabalho do consumidor, crescem em velocidade maior. No ano passado, eram pouco mais de 860.
Por outro lado, esse crescimento do setor revela a falta de mão-de-obra especializada, aliado ao reduzido número de cursos de capacitação. (Juarez César/CJ – Foto: Antônio Cruaz/ABR)