Muitos bairros por toda a cidade, os da região central, a mais abastada, quer os de outros menos privilegiados, quer de alguns completamente esquecidos pela Prefeitura e Câmara, sofrem diariamente a ausência do governo municipal.
Prestes a completar um ano, os mandatos de prefeito e vereadores se revelam inodoros, insípidos e incolores quando o assunto é obras, assistência social, saúde e benefícios à população. Nem é bom falar sobre solucionar problemas antigos.
Nossas autoridades dizem desde janeiro que a falta de recursos tem sido a causadora desse deserto em que se encontra o município. Em nenhum momento diz que a urbe está deteriorada pela incompetência dos dois poderes (Executivo e Legislativo). No caso do Legislativo, acrescente-se a leniência, porque os vereadores fazem da atividade parlamentar apenas um bico para complementar a renda pessoal, considerando que a maioria dedica-se, alguns até fora de Mairiporã, à sua profissão. Isso os impossibilita ao exercício pleno da vereança. Conclusão simples: a cidade fica em segundo plano.
A consequência é que sem tempo para ser vereador de verdade e fazer jus ao alto salário e outros benefícios, que não são poucos, a cidade fica frágil quando se trata de protegê-la mediante a ação fiscalizadora que a Câmara Municipal constitucionalmente é obrigada a garantir.
Uma das resultantes desse comportamento é conceder ao Executivo todas as decisões, pois a Câmara tem se comportado, pelo menos neste ano, como um instrumento de mero referendo das vontades emanadas do gabinete do prefeito.
Isso nos leva a concluir que a situação real de Mairiporã é ruim, com vários setores paralisados, outros piores se comparados ao ano anterior e a impressão que fica é a de que o governo não se mexe