Indicadores sociais das mulheres

Pesquisando a situação social das mulheres brasileiras localizei alguns indicadores no IBGE – Estudos e Pesquisas – Informação Demográfica e Socioeconômica e resolvi sintetizá-los compartilhando resumidamente tais informações, organizando-as e reposicionando-as esses dados quantitativos do texto original.

A ampliação de políticas sociais ao longo do tempo, incrementando as condições de vida da população em geral, fomenta a melhora de alguns indicadores sociais das mulheres, como na área de saúde e educação. (§ 1º, pg.12)

Na Saúde, “entre 2011 e 2019, a redução da taxa anual de mortalidade de crianças com menos de 5 anos de idade no Brasil sugere a melhora nas condições de saúde na primeira infância. Entre os meninos, a probabilidade de morte antes dos 5 anos passou de 20,6 em cada 1 000 nascidos vivos em 2011, para 15,1, em cada 1 000 nascidos vivos em 2019. Entre as meninas, o indicador passou de 17,2 para 12,8, em cada 1 000 nascidas vivas”

Na Educação a PNAD-Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua 2019 revelou que, “entre a população com 25 anos ou mais, 40,4% dos homens não tinham instrução ou possuíam apenas fundamental incompleto, proporção que era de 37,1% entre as mulheres. Já a proporção de pessoas com nível superior completo foi de 15,1% entre os homens e 19,4% entre as mulheres. Nas demais faixas etárias, mostra que as mulheres eram mais instruídas que os homens, com uma diferença mais acentuada na população mais jovem. No grupo entre 25 e 34 anos, 25,1% das mulheres possuíam nível superior completo, contra 18,3% dos homens, uma diferença de 6,8 pontos percentuais.

Diferente das áreas de Saúde e Educação as mulheres não estão em igualdade de situação com os homens em outras esferas, notadamente, no mercado de trabalho. Em 2019, “a taxa de participação das mulheres com 15 anos ou mais de idade foi de 54,5%, enquanto entre os homens esta medida chegou a 73,7%, uma diferença de 19,2 pontos percentuais.”  

A associação do gênero feminino ao trabalho não-remunerado no âmbito doméstico parece influenciar, inclusive, as trajetórias e escolhas de uma formação superior: a maior parte das mulheres se formam em cursos relacionados a cuidados e bem-estar sendo professoras, assistentes sociais, enfermeiras, entre outras. (§ 2º, pg.12).

As mulheres, hoje, são mais instruídas que os homens. “Entre a população com 25 anos ou mais, 40,4% dos homens não tinham instrução ou possuíam apenas fundamental incompleto, proporção que era de 37,1% entre as mulheres. Já a proporção de pessoas com nível superior completo foi de 15,1% entre os homens e 19,4% entre as mulheres.

Na eleição de 2020, segundo o Tribunal Superior Eleitoral – TSE, apenas 16,0% dos cargos de vereadores eleitos foram preenchidos por mulheres. A participação feminina é fundamental e muito “importante não apenas em termos de representatividade, mas para aumentar as chances de pautar a formulação de políticas públicas de suporte às agendas de promoção de equidade, de acesso a oportunidades e de proteção contra violência doméstica, assédio e abusos de toda ordem” (§ 3º, pg.12)

 

  1. IBGE – Estudos e Pesquisas • Informação Demográfica e Socioeconômica • n.38

 

Essio Minozzi Jr. licenciado em Matemática e Pedagogia, Pós-Graduado em Gestão Educacional – UNICAMP e Ciências e Técnicas de Governo – FUNDAP, foi vereador e secretário da Educação de Mairiporã.