Objetivando apontar caminhos para o futuro do ensino no Brasil, o evento foi promovido pelo “Estadão” no Museu do Ipiranga e reuniu especialistas para discutir desafios da educação em diferentes aspectos, no contexto das comemorações de seus 150 anos, reunindo gestores públicos, pesquisadores e representantes de instituições de ensino para debater questões cruciais da educação brasileira, desde a infância até o ensino superior, em um cenário marcado pelo avanço das novas tecnologias, conforme noticiou o Jornal da USP, no dia 29/09/2025.
O primeiro painel, dedicado à educação infantil, reuniu Filomena Krauel, diretora de Projetos da Fundação Bracell; Gabriel Corrêa, diretor de Políticas Públicas do movimento Todos Pela Educação; e Kátia Schweickardt, secretária de Educação Básica do Ministério da Educação.
O debate destacou as evidências já consolidadas sobre os impactos sociais e econômicos dos investimentos nos primeiros anos de vida, de zero a seis anos. O segundo painel tratou da influência das redes sociais e das novas tecnologias na vida escolar e familiar. Participaram Catarina Fugulin, advogada e líder de Políticas Públicas do Movimento Desconecta; Julia Sant’Anna, diretora executiva do Centro de Inovação para a Educação Brasileira; e Patrícia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta.
A mesa apontou a necessidade de formação dos professores em educação midiática, a inclusão de práticas de letramento digital nos currículos e a reflexão sobre o impacto do uso excessivo de plataformas digitais sobre crianças e adolescentes. O segundo painel tratou da influência das redes sociais e das novas tecnologias na vida escolar e familiar. Participaram Catarina Fugulin, advogada e líder de Políticas Públicas do Movimento Desconecta; Julia Sant’Anna, diretora executiva do Centro de Inovação para a Educação Brasileira; e Patrícia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta.
Na sequência, o professor Bittencourt, fundador do IA.Edu e do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais e coordenador da Cátedra da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) de Inteligência Artificial Desplugada na Educação, apresentou palestra sobre os usos da inteligência artificial no ensino.
Ele analisou aplicações como a gamificação e os sistemas de avaliação adaptativos, mas alertou para dilemas éticos e riscos de mau uso da tecnologia, que podem comprometer o processo de ensino-aprendizagem.
O fórum não tratou da inclusão de alunos atípicos nas redes paulistas – estadual e municipais. Entretanto, destaco a inciativa do governo de São Paulo, na sexta-feira passada, dia 3, que publicou nova resolução visando atualizar e fortalece a Política de Educação Especial em sua na rede de ensino básico, que no meu entendimento, pode servir de exemplo para redes municipais paulistas.
Entre os instrumentos inéditos estabelecidos está a elaboração de relatórios individualizados bimestrais focados na comunicação com as famílias sobre o desenvolvimento dos estudantes e as estratégias pedagógicas adotadas nas escolas. Atualmente a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo -SEDUC SP atende mais de 93 mil estudantes elegíveis aos serviços de educação especial.
O objetivo da resolução é apoiar, de forma sistemática, o trabalho dos professores especializados e dos professores regentes, além das equipes gestora e pedagógica, com registro das estratégias pedagógicas e trajetória acadêmica, social e emocional de cada aluno.
Desta forma amplia a política de educação especial e cria instrumentos para acompanhamento individualizado de estudantes atípicos diante da interação com as famílias, o acompanhamento do desenvolvimento de cada estudante, além da integração de atribuições dos profissionais de apoio especializado.
Essio Minozzi Jr. licenciado em Matemática e Pedagogia, Pós-Graduado em Gestão Educacional – UNICAMP e Ciências e Técnicas de Governo – FUNDAP, foi vereador e secretário da Educação de Mairiporã.