Não podemos fugir da realidade. A atual administração teve erros e acertos. Para a sorte da cidade, muito mais acertos. O que se evidenciou como falha maior foi cumprir acordos políticos das eleições de 2012. O prefeito dr. Márcio Pampuri, homem de palavra, cumpriu religiosamente o que prometeu aos seus apoiadores.
Falo dos partidos que à época o apoiaram em sua candidatura a prefeito, cujos acordos políticos resultaram na nomeação dos presidentes de cada uma dessas siglas, para ocupar secretarias municipais.
Como o tempo é o senhor da razão, já dizia o ex-presidente Fernando Collor, numa das intermináveis camisetas que desfilava em suas andanças, vimos que essas secretarias simplesmente não funcionaram. Pior que isso, tornaram-se fardos pesados para o governo carregar.
Cabe aqui um parêntese: há muito tempo que a maioria dos dirigentes partidários na cidade não faz nada. Fico até curiosos para saber como sobrevive só com política.
A minha dúvida, nessa linha de raciocínio, é se os vereadores eleitos pela oposição ao senhor Aiacyda vão assim se manter, ou a velha prática manda que novamente renovem acordos em troca de cargos. A oposição elegeu oito vereadores, o que equilibraria as forças entre os dois poderes, coisa que não acontece na cidade há muitos anos. Cabe aqui outro parêntese: tenho absoluta certeza que o prefeito que assume em 2017 vai ter maioria com folga na Câmara. Os acordos falam mais alto. Não podemos fugir da realidade.
Afora os vereadores eleitos, fico a imaginar como vão se virar os presidentes de partidos derrotados e que por isso mesmo perderam seus cargos antes mesmo do final do mandato. Pelo que conheço do novo (velho) prefeito, dificilmente conseguirão seguir mamando nas gordas (hoje murchas) tetas do erário.
E vão ter dificuldades de encontrar trabalho, palavra que tenho certeza, não consta de seus dicionários.