O prefeito Aladim não disse ou até não sabe, quantas propriedades no município aguardam para ser legalizadas, com direito a escritura e registro no Cartório de Imóveis. No entanto, se debruçou sobre o assunto e, desde o tempo em que militava na vereança, vale frisar, cuidou desse assunto e dessa forma dar ênfase ao que vem a ser cidadania.
A legalização habitacional tem progredido desde que tomou posse, no ano passado, e essas ações vão seguir durante todo o seu mandato, conforme promessa retirada durante a campanha eleitoral.
A notória ocupação irregular de áreas em Mairiporã é antiga, fruto do intenso fluxo de migrantes que, sem alternativas e a falta de visão de governantes, não encontraram outro caminho a não ser formar aglomerados clandestinos e neles dar um teto às suas famílias. O que resultou em passivo importante nessa área.
Embora o problema seja antigo, só agora tem merecido maior atenção do Estado e do Município, através de um programa, o Cidade Legal, que visa acelerar o processo de legalizar a situação.
Em Mairiporã são milhares de pessoas que sonham com a escritura de seus imóveis e que tem respondido ao chamamento do que se convencionou chamar de Regularização Fundiária.
Tenho acompanhado as notícias de entrega de títulos de propriedade em vários bairros da cidade e, importante destacar, o acolhimento do Estado nessa empreitada é fundamental para acelerar essa tão sonhada legalização.
Sem dúvida uma conquista e que ela venha acompanhada de outras ações importantes por parte do Poder Público.
Aladim acertou em priorizar a questão fundiária no município, até como forma de desestimular futuras invasões, o que não é tarefa fácil, mostrando que há caminhos e oportunidades no setor habitacional.
Fato é que em Mairiporã nunca se tirou tantos cidadãos da ilegalidade, como agora.
Ozório Mendes é advogado militante na Comarca, foi vereador e presidente da Câmara na gestão 1983/1988
