Semana passada me pediram para fazer uma coisa que eu nunca tinha feito. A reação imediata é aquela: boca seca, coração acelerado, frio na barriga. Afinal, como eu vou fazer uma coisa que nunca fiz antes? Por que significa que, se eu nunca fiz, eu não sei fazer certo?
Na vida, a experiência é mais valiosa do que a gente pensa. Anos de estudo, às vezes, não te preparam para fazer coisas básicas. Justamente porque, equivocadamente, alguém imagina que se você está estudando, você já sabe fazer aquilo. A teoria é necessária, sim. Mas nada ensina tanto quanto fazer uma coisa pela primeira vez.
Semana passada me pediram para fazer uma coisa que eu nunca tinha feito. Uma coisa tão boba que todos os amigos que tenho já tinham feito. Coisa boa, pode perguntar. Pedir ajuda, se deixar ensinar. Tolo é quem se recusa a receber ajuda na hora de fazer algo que nunca fez, por orgulho ou coisa parecida.
Semana passada me pediram para fazer uma coisa que eu nunca tinha feito e, então, perguntei para quem sabia fazer, como faz. “Eu faço assim”, disse. Nem sempre o jeito que o outro faz é válido para você, mas se precisamos começar, por que não começar por aqui? Tenho mania de ficar inseguro com coisas que, na maioria das vezes, nem passa pela cabeça das outras pessoas. E se não der certo? E se não ficar bom? “Isso é um detalhe”, diriam. Mas o segredo não está no detalhe?
Semana passada me pediram para fazer uma coisa que eu nunca tinha feito e, com todo o nervosismo, fiz depois de achar que não ia conseguir, fiz depois de pensar em mil e uma maneiras de escapar de fazer aquilo que me pediram. Não por preguiça, mas por medo de não conseguir. E consegui quando coloquei na cabeça: “Faça”. É como tirar um band-aid. Quanto mais se calcula os riscos e os medos de fazer o que se tem que fazer, mais demora para ser feito.