Se você vive ou já viveu nesse mundo, fique tranquilo: falam mal de você. Não importa o que você faça, o quanto você trate bem as pessoas e a intensidade das qualidades que você emprega nos seus relacionamentos, regando todos eles com amizade, companheirismo, humildade e por aí vai. Não importa onde você esteja, sempre haverá pessoas falando mal de você.
O que é interessante é que a grande maioria fará isso pelas suas costas. O grande detalhe é a decisão que se toma diante disso: ignorar ou tirar satisfação. Eu gosto de ignorar e ir deixando de lado. Gosto de pagar falsidade com indiferença. É comum que nesses momentos a máscara comece a cair.
Pessoas tóxicas estão por aí e muitas vezes são da mesma família. Há também uma quantidade grande de pessoas que sempre falam mal dos outros e que frequentam as igrejas. Nesse caso já é uma mistura de falsidade com hipocrisia.
Se em sua família ou sua igreja você acha que não acontece isso, pode estar redondamente enganado. Quando falam mal de você há duas possibilidades: que seja mentira ou seja verdade o que estão dizendo. Em nenhum dos dois casos é preciso se ofender.
Me surpreendo que para tantos não exista nenhum desconforto em falar mal por trás, e cheio de sorrisinhos pela frente. Presto atenção e analiso antropologicamente, eu diria. Claro que estou escrevendo sobre isso por experiência própria recente, mas vai continuar curioso leitor.
O falador não pode saber, já que é bem legal poder deixá-lo com a pulga atrás da orelha, para que venha com mais sorrisos.
Pois é, basta viver neste planeja que sempre há quem fale mal de você. O grande erro é imaginar que é possível agradar a todos. Cada um sabe o que faz e como planta os frutos que vai colher. Quem traz de outros, também leva de você.
Luís Alberto de Moraes tem formação em Letras, leciona há quase vinte anos e prepara o lançamento de um livro de crônicas e poemas. @luis.alb