Em casa que falta vacina…

A pandemia do novo coronavírus faz aniversário em março próximo, e ainda assistimos a milhares de pessoas levadas à óbito e milhões que contraíram a doença.

Na Europa e na Ásia a vacina já chegou. De vários laboratórios, de vários países e a expectativa é que até antes do primeiro aniversário mais da metade da população mundial esteja imunizada.

É o que esperamos no Brasil também, embora as coisas por aqui sejam mais complicadas, pois a politização da vacina tomou conta dos três poderes. Todos envolvidos de uma maneira ou outra: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Discute-se tudo sobre a vacina, enquanto lá fora a sua aplicação corre célere.

A cada dia surge um complicador em terras tupiniquins sobre a eficácia vacinal e vale tudo: estágios de testes, quais os imunizantes, quem vai ser vacinado primeiro, Anvisa no meio a tudo isso e a população continua à espera do medicamento que poderá evitar mais mortes.

A segunda onda, pelo menos no Brasil, chegou antes da vacina. Enquanto isso, as notícias de mortes diárias só fazem crescer e assustar uma população já enclausurada por vários motivos, que não só pela doença.

A cada dia o noticiário dos meios de comunicação informam sobre problemas com vacinas, com a sua aprovação, com Bolsonaro e Doria em tiroteio verbal absurdo e gente morrendo aos montes.

O que parecia ser uma solução rápida, se transformou naquilo que um antigo ditado diz com muita propriedade: “Em casa onde falta pão, todos gritam e ninguém tem razão”. No nosso caso, faltam vacinas.

 

 Ozório Mendes é advogado militante na Comarca, foi vereador e presidente da Câmara na gestão 1983/1988