Dia dos Namorados e o amor da vida

Ao amor da minha vida!

Tem gente que chega e muda a nossa estação. Que faz o tempo andar diferente, que transforma tudo em casa – até o que antes era ausência. O amor da vida chega assim: sem aviso, sem pressa. Só ele mesmo, inteiro, com todas as verdades que a gente nem sabia que precisava ouvir. É difícil explicar o que muda quando se encontra o amor da vida. Porque ele não vem para completar, isso é mito. Ele vem para somar, para transbordar, para caminhar junto.
Não se trata de encaixe perfeito, mas de aceitação profunda. De rir junto das imperfeições. De escolher ficar mesmo sabendo que o outro tem dias nublados – e dias de tempestade também. É com ele que se pode tirar a armadura. Que se pode chorar sem medo. Que se pode ser boba, frágil, real. O amor da vida é, antes de tudo, um lugar seguro.
Já tentaram me dizer que “amor da vida” é exagero. Que tudo é fase. Que a gente muda. E é verdade, a gente muda. Mas tem gente que muda junto. Que cresce do lado. Que estende a mão mesmo no escuro. E isso, para mim, é o que faz tudo valer. Talvez nem todo mundo encontre esse amor.
Talvez alguns vivam amores intensos, mas passageiros. Mas quando ele chega – quando você sente – não há dúvida. O coração reconhece. O corpo sabe. A alma descansa.
No meu caso, não foi amor à primeira vista. Foi amor à vista inteira. Ao jeito de falar, ao silêncio que não pesa, à maneira como ele me olha como se estivesse vendo mais do que eu mesma sou capaz de enxergar. Ele chegou quando eu já não esperava mais.
Quando eu já sabia cuidar de mim, mas ainda sonhava em ser cuidada. Quando já não acreditava em metades da laranja, mas queria alguém que caminhasse comigo inteira. E ele veio inteiro também. Com suas bagagens, suas falhas, seus medos. Mas veio com coragem.
É isso que me faz saber: ele é o amor da minha vida. Não porque é perfeito, mas porque é real. Porque não foge da profundidade. Porque conversa nos momentos difíceis, ri nos mais leves e me faz sentir que não preciso ser outra coisa além de quem eu sou. Ele é meu espelho e minha âncora.
O lugar onde me encontro e de onde me lanço. E caminhar com ele é estar em casa, porque ele é o meu lar. Tem dias em que olho para ele e penso “que sorte a minha”. Mas logo depois percebo que não foi sorte. Foi tempo. Foi escolha. Foi construção. Foi entrega. Foi fé.
Neste Dia dos Namorados, celebro esse amor que é muito mais do que palavras bonitas ou momentos perfeitos. Celebro o amor que é feito de presença real, de escolhas repetidas e do milagre de ser e deixar ser. Porque o amor da minha vida não é só ele. O amor da minha vida somos nós, numa dança delicada e poderosa, onde o amor transforma e renasce sempre.
Eu prefiro viver assim, sei que sou mais feliz desta forma… abraçando o amor que chega e escolhe ficar, mesmo nos dias difíceis, e que me faz crescer sem perder a leveza. Porque é nesse amor cotidiano que a felicidade se revela. A você, caro leitor, desejo que encontre um amor que transforme, que acolha e que renove – seja em alguém ou em você mesmo.
E a você Wellington, também conhecido como amor da minha vida, agradeço por seu abraço, cuidado e presença constante. Com você, aprendi o verdadeiro sentido do amor. Te amo.