A era da informática me proporciona assistir sessões legislativas de centenas de cidades. Vez por outra faço isso, até para servir de parâmetro àquilo que fazem os vereadores de nossa cidade.
Um ponto comum em todas as câmaras que tive a oportunidade de acompanhar os trabalhos é o de discutir suas cidades, seus problemas, buscar alternativas que ajudem a solucionar questões prementes.
Isso significa que a Câmara de Mairiporã talvez seja única a desertar dessa seara de gente interessada em desenvolver suas urbes. Por aqui não se discute absolutamente nada, o que leva a concluir que os vereadores da aldeia precisam urgentemente mudar de comportamento, de atitude e até de perfil político.
Há necessidade de se discutir o crescimento da cidade, como pensá-la para o futuro, que caminhos escolher e, o mais importante, que Mairiporã pretendemos deixar aos nossos filhos e netos. Nos últimos anos não vi um legislativo tão fraco, tão desinteressado e ávido apenas para fechar acordos com o Executivo como o que temos agora.
Conscientemente acredito que questões como mobilidade urbana e acessibilidade, saúde, educação, segurança, habitação, recursos hídricos e uma ampla reforma nos principais instrumentos da administração pública (plano diretor, código de obras e posturas e planta genérica de valores) ainda vão demorar. Até aqui, por enquanto, debater a cidade não é condição primordial para o nosso conjunto de vereadores.