De onde nascem as guerras

Não bastasse tudo que estamos acompanhando por meses na Ucrânia, por uma semana o mundo está estarrecido com o terrorismo do Hamas em Israel. Contextualizando os conceitos básicos de tudo isso, o mundo inteiro reconhece Israel como um país, o que já não acontece com a Faixa de Gaza, que é um território palestino, mas não é o único. Gaza está ao lado, já saindo para o mediterrâneo e do outro lado está a Cisjordânia. A essa porção de território, chamamos Palestina: um território autônomo, com governo próprio, mas que a comunidade internacional não reconhece como país e eles por anos lutam por independência.

Como são muito próximos a Israel, o clima sempre é de hostilidade por diferenças religiosas, visto que em Israel os cidadãos em sua maioria são da religão judaica. Importante definir que judeu não passa apenas por vertente religiosa, mas também por questões étnicas.​ ​Já na Palestina, apesar de existirem cristãos, majoritariamente há muçulmanos que seguem o islamismo e as crenças em Maomé e Alá, o que de maneira alguma representa que alguém seja melhor do que outro ou que só por serem diferentes são extremistas.

Caberia todo mundo nesse nosso planeta, com todas as suas diferenças, mas a diversidade somada a falta de diálogo que poderia levar por exemplo ao reconhecimento do território palestino, culminou nesse desastre que pode se agravar quando forem surgindo aliados para cada lado. Pois é,  a coisa ficou feia e o Hamas invadiu Israel por terra e céu. Historicamente a Palestina quer ser reconhecida e reivindica Jerusalém.

A treta, como dizemos nos dias atuais, encontra raizes diversas, mas penso eu que principalmente políticas e territoriais. Infelizmente os números desta vez são sem precedentes em todos os sentidos. Estamos diante do maior atentado terrorista da história de Israel e que outro nome se poder dar as barbaridades que estamos acompanhando, onde as mortes de civis são em número apenas inferiores, até o momento, aos ataques às torrres gêmeas em 2001. O maior número de judeus mortos, por serem judeus, desde o fim do holocausto.

Que tristeza saber das centenas de pessoas comuns como nós, metralhadas nas ruas ou dentro de suas casas. Outros tantos sequestrados e a atrocidade e barbárie não perdoou mulheres, crianças ou idosos. Familias confinadas nos seus ‘bunkers’ se alimentando precariamente e com medo por não saber se a qualquer momento pode se deparar com alguém que possa tirar suas vidas de forma impiedosa.

Para variar, o assunto já anda polarizando por aqui e o Brasil tradicionalmente, tem sido destino de refugiados em situações como essa. Diante do fato, isto é, das mortes de vidas humanas em uma verdadeira carnificina, é que reflito sobre o que no âmago do ser humano, por mais e mais poder, mais e mais riquezas ou por querer impor a sua crença em detrimento do outro, justifique que a gente se mate como um bando de irracionais. Deus tenha piedade de nós!

 

 

Luís Alberto de Moraes – @luis.alb – Autor do livro “Costurando o Tempo – dos Caminhos que Passei”