Cuidar do corpo, incluir com o coração

“A saúde é o resultado não só de nossos atos, mas também de nossos pensamentos.” (Mahatma Gandhi)

No dia 27 de junho, lembramos duas causas que merecem atenção e consciência: o Dia Internacional da Pessoa Surdocega e o Dia Mundial do Diabético. Ambas nos convidam a refletir sobre a importância do cuidado com o corpo e da inclusão verdadeira na sociedade.
O diabetes, cada vez mais comum no Brasil, ainda é uma condição subestimada, temos a tipo 1 e a tipo 2 e afeta mais de 10% da nossa população. Muitas pessoas convivem com sintomas como cansaço, visão embaçada, tonturas e alterações de humor sem saber que esses sinais podem indicar algo mais sério.
A prevenção é possível e começa com informação, alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e acompanhamento médico. O diagnóstico precoce é essencial, e felizmente, o SUS oferece exames, orientações e atendimentos gratuitos que podem fazer a diferença.
Nas nossas unidades de saúde em Mairiporã temos toda estrutura de atendimento, grupos de informações, além dos medicamentos necessários caso a doença seja diagnosticada; então não tem desculpa né, está esperando o que para procurar o agente de saúde, o enfermeiro e o médico?
Já a surdocegueira é uma condição rara e desafiadora. Envolve a perda simultânea da visão e da audição, e exige mais do que adaptações físicas: pede empatia, paciência e novas formas de comunicação. Muitas pessoas surdocegas enfrentam dificuldades para estudar, trabalhar ou simplesmente serem compreendidas em sua forma de perceber o mundo.
Essas duas realidades, embora diferentes, têm algo em comum: ambas pedem um olhar mais atento, um cuidado que vai além do individual. Cuidar da saúde é uma grande responsabilidade em relação a surdocegueira ou outra comorbidade, incluir é mais do que abrir espaços; é reconhecer a dignidade e a singularidade de cada pessoa.
Reflexão – Neste dia, a reflexão é dupla: estamos cuidando bem de nós mesmos? E estamos realmente abertos para enxergar o outro, mesmo quando ele se comunica de um jeito diferente do nosso? Saúde e inclusão não são favores ou concessões. São direitos. E começam no modo como olhamos para a vida, a nossa e a do outro.

Raphael Blanes é Servidor Público Municipal, formado em Gestão em Saúde Pública, Técnico em Vigilância em Saúde com ênfase no Combate às Endemias, especialista em Gestão Hospitalar, graduando em Filosofia e Psicologia. Instagram: @raphaelblanes Email: blanes.med@gmail.com.