Um círculo vicioso provoca o aumento da energia elétrica.
Sem as chuvas necessárias o sistema sustentado pelas hidroelétricas passa a depender das termoelétricas que tem custo operacional muito mais alto. A diminuição das chuvas está diretamente relacionada com os desmatamentos das florestas e do efeito estufa provocada por gases de queimadas e chaminés das indústrias.
A interferência do homem na natureza provocando queimadas e desmatamentos somando as indústrias sem controlar adequadamente a emissão de gases inibem as chuvas. Sabe-se que o desmatamento da Floresta Amazônica contribui com o aquecimento global.
Naturalmente, todo ano há um período de seca, mas sem controle do desmatamento os efeitos se multiplicam.
Para garantir a sustentabilidade do fornecimento de energia elétrica a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica aumentou o valor da bandeira vermelha em 52,1% reajustando de R$ 6,24 para R$ 9,49 por kWh (quilowatt-hora), entre julho e dezembro deste ano.
Área técnica da agência havia indicado reajuste ainda maior em 84,3% chegando a R$ 11,50. Tal valor se justifica necessário para garantir o equilíbrio da receita e dos custos da energia provocado com o acionamento das termelétricas com custos muito mais altos.
A diretoria da agência decidiu parcelar os custos indicando que no próximo ano novo reajuste ocorrerá visando efetivamente o equilíbrio da dos custos da energia elétrica.
O sistema elétrico dependente das hidroelétricas que estão impactadas com essa seca. Uma variante dessa seca passa pelo desmatamento que juntamente com as emissões de gases do efeito diminui as chuvas. O desmatamento causa mais secas e isso aumenta o custo da energia elétrica. A umidade produzida na floresta leva chuvas às regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. E, com o aquecimento global, a tendência é que o planeta fique mais quente e seco.
Por consequência, o aumento da energia elétrica pressiona a inflação oficial do país, o IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo do IBGE – Instituto Brasileira de Geografia e Estatística. Em maio o indicador ficou em 0,83%, acima da taxa de 0,31% de abril em 0,52%. Esse foi o maior resultado para o mês de maio desde 1996.
Assim caminha a humanidade.
Essio Minozzi Júnior é professor de Matemática e pedagogo. Pós-Graduado em Gestão Educacional – UNICAMP; Planejamento Estratégico Situacional – FUNDAP- Administração Pública-Gestão de Cidades UNINTER; Dirigente Regional de Ensino DE Caieiras (1995-96), Secretário da Educação de Mairiporã (1997-2000) e (2017-2018), Vereador de Mairiporã (2009-2020)