O OPERADOR Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que a cor da bandeira tarifária permanecerá vermelha e no patamar 2 (o mais alto) até o final do ano. A taxa extra, de R$ 5,00 a cada 100 kWh, vai pesar ainda mais no bolso do consumidor, que sentiu a tarifa disparar quatro vezes mais que o acumulado da inflação no ano.
Falta de chuva nos reservatórios das hidrelétricas, a escalada do dólar e o crescente peso de impostos são motivos para a alta no preço da energia.
As bandeiras geram cobranças extras para os consumidores quando saem do verde para o amarelo ou para a bandeira vermelha, que é dividida em dois patamares, sendo o segundo o mais caro.
Em maio, quando começa o chamado período seco, que vai até outubro, o nível dos reservatórios nas regiões Sudeste/Centro-Oeste estava em 42,6%. No Nordeste, o patamar era de 39,69%. O ideal é que estivessem acima de 50%.
Esse quadro faz com que seja utilizada a energia gerada pelas termelétricas, que é mais cara, e por isso o consumidor paga mais quando elas são acionadas.
Entre outubro e dezembro de 2017, a bandeira tarifária estava vermelha. Ficou verde entre janeiro e abril deste ano, quando as chuvas voltaram a cair com força. Em maio, ficou amarela. E, em junho, voltou a ficar vermelha.
Para a Associação Brasileira de Grandes Consumidores Indústrias de Energia e Consumidores Livres (Abrace), são remotas as chances de redução de tarifa nos próximos cinco anos. A instituição alega que erros na base de cálculo aumentaram os prejuízos do setor desde 2014.