Até o final deste ano, as famílias brasileiras deverão gastar cerca de R$ 1,1 trilhão com alimentação e bebidas dentro e fora do domicílio, o que representa uma alta de 11,3% em relação ao ano passado. É o que aponta a Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo dos brasileiros há mais de 30 anos, com base em dados oficiais.
Segundo o estudo, só a categoria de alimentação e bebidas no domicílio movimentará mais de R$ 780 bilhões no período. Já, em relação à alimentação fora de casa, esse número será de R$ 350,4 bilhões.
Nos cálculos acima, são levadas em conta tanto despesas com alimentação e bebidas no domicílio (alimentos “in natura”, industrializados, preparados e agregados como sacolão, varejão, cestão, etc, além de bebidas e infusões como sucos artificiais, cafés moídos e solúveis, chás, refrigerantes, cervejas, aguardentes, vinhos e outras bebidas alcoólicas), quanto fora dele (refeições, lanches, cafés da manhã, refrigerantes, cafezinhos, caldos, cervejas, chopes e outras bebidas alcoólicas).
Na liderança do ranking nacional, o Estado de São Paulo responderá por R$ 284,3 bilhões das despesas; seguido por Minas Gerais com R$ 123,8 bilhões; Rio de Janeiro e seus R$ 95,5 bilhões; e Rio Grande do Sul, na quarta posição, totalizando R$ 71,8 bilhões nos gastos das famílias com alimentação.
Na contramão desse consumo, cai a quantidade de serviços alimentícios, sobretudo de Microempreendedores Individuais (MEIs). De acordo com o levantamento, do ano passado para cá, quase 41 mil unidades fecharam suas portas – um declínio de 2,5%. Enquanto isso, as demais naturezas jurídicas abriram, juntas, 28.451 novos empreendimentos, totalizando atualmente 1,6 milhão de estabelecimentos no Brasil.
Mairiporã – Na cidade o consumo nesse setor vai registrar aumento menor que o verificado em 2024, quando comparado a 2023. Naquela oportunidade a previsão de gastos era maior, 6,6%.
Até o final de 2025, os mairiporanenses vão gastar R$ 508,50 milhões, crescimento de 3,9% comparado a 2024.
Essa projeção pode ser explicada, dentre outros fatores, pela queda na quantidade de serviços alimentícios na cidade, que passou de 911 estabelecimentos no ano passado, para 884 no ano corrente, ou seja, 27 unidades fecharam suas portas, recuo de 3%. De 2023 para 2024, foi registrado um acréscimo de 2,1%. (Salvador José/CJ/IPC Maps – Foto: Tânia Rêgo/ABR)