Coluna do Correio

FRASE
“É melhor merecer honrarias e não recebê-las, do que recebê-las sem merecer.” (Mark Twain, escritor e humorista norte-americano)

PICARETAS
Alguns ex-ocupantes de cargos eletivos na cidade, que não se sabe como, nem porquê se tornaram líderes partidários, têm dito aos quatro ventos que ‘sentem necessidade de participar ativamente das eleições do ano que vem’. Alguns, caras de pau, bradam que ‘sentem ser o momento de ampliar suas missões e servirem ainda mais’. Aqui se instala uma dúvida: ‘servirem ainda mais ou SE servirem ainda mais? Dizem isso sem o menor constrangimento. O mairiporanense vai conviver muito com esse tipo de gente não só no pleito do ano que vem, mas principalmente em 2028. Picaretas!
NÃO VAI
Muito já foi escrito aqui sobre o prefeito Aladim ser candidato no ano que vem a uma cadeira de deputado (estadual ou federal). O seu círculo mais próximo garante que ele não vai deixar o Palácio Tibiriçá para se aventurar em um pleito dificílimo e que demanda uma costura política muito além das fronteiras locais. O prefeito, que hoje é a maior liderança da cidade, faz bem em cumprir os seus quatro anos à frente da administração.
CENÁRIO
O governo municipal está apostando que o atual cenário econômico, de poucos recursos e investimentos, vai ser outro a partir de janeiro. O prefeito deve tocar, com maior celeridade, inúmeras obras e espera, logo depois da virada do ano, inaugurar o Quarteirão da Saúde, um empreendimento de fôlego que vai concentrar todos os setores dessa área num só endereço.
AVACALHAÇÃO
Ainda sobre a enxurrada de títulos de cidadania distribuídos a apadrinhados políticos dos vereadores, a concessão se tornou permissiva e transformou o diploma em simples pedaço de papel. Sem citar nomes, a Câmara é sim responsável ao ser madrinha dessa diminuição de mérito da homenagem que se transformou em banalização. A mais importante honraria criada pelo município era para homenagear aquele que, por mérito, contribui ou contribuiu para o bem da cidade. Infelizmente virou instrumento de politicagem em busca de votos. A frase que abre esta coluna, infelizmente, é pouco conhecida.
ESTATÍSTICAS
Conversas aqui e ali sobre política local, levaram a uma informação que, se verdadeira, deve ser comemorada. Viúvas do Paço Municipal cansaram de esperar por milagres (boquinhas no serviço público municipal) e resolveram arrumar um trabalho. Não emprego (destinado aos capacitados), mas trabalho. O contingente, conforme a informação, ainda é inexpressivo, mas é um começo. Nas estatísticas da cidade computa-se alguns vagabundos e parasitas a menos.
FOLGA
Pelos lados da Câmara de Vereadores, folga da companhia. Somando a terça-feira desta semana, as sessões no plenário não acontecem há quinze dias. Suas ‘excelências’ retornam na semana que vem. Como é costume no parlamento local, duas sessões serão realizadas no mesmo dia (21). Se isso se tornar um hábito, as sessões correm o risco de se tornarem bimestrais.

PESQUISAS
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lidera todas as pesquisas divulgadas por diferentes institutos no decorrer desta semana. Está a quilômetros de distância dos nomes que aparecem em segundo lugar, nas simulações com vários candidatos. A possibilidade de ser reeleito ainda no primeiro turno é grande, segundo analistas. No confiável Paraná Pesquisas, Tarcísio tem mais de 52% das intenções de voto contra o petista e atual ministro da Fazenda, Haddad.
EMPURRÃO
“Depois da porta arrombada, coloca-se tranca”. Nunca uma frase foi tão verdadeira neste País de contrastes gritantes. Foi preciso um casal gay (transformado em bode expiatório) ser denunciado como explorador de conteúdos pornográficos infantis, para se tomarem medidas necessárias. E aí os nossos políticos surgiram do nada travestidos de paladinos justiceiros. Agora, a bola da vez é o metanol, substância presente em bebidas alcoólicas que está matando a torto e a direito. Foi preciso morrerem pessoas para a fiscalização entrar em campo e, novamente, os políticos se mostrarem indignados. O Brasil anda só na base do empurrão. Tomando como exemplo a área da Saúde, nada por aqui é preventivo. Quando dá tempo, curativo. Verdade seja dita: este País bonito por natureza e que um dia já foi abençoado por Deus, está entregue às baratas.
JANJA
Quando se imagina ter visto tudo em política, eis que nossos governantes surpreendem. Um decreto (número 12.604) assinado no mês de agosto pelo presidente Lula, formaliza o papel ampliado da primeira-dama, Janja, no âmbito do Gabinete Pessoal da Presidência da República. Não foram observados os preceitos de que em qualquer setor da atividade humana o que mais repercute nem sempre é o que se faz, mas como se faz e em que moldes e sob quais amparos de legalidade, a que preço e propósitos. Esse jogo de imagem, institucionalidade e responsabilidade, é o que o Brasil se pergunta com esse decreto. Ou seja, o papel da primeira-dama foi institucionalizado, o que na prática autoriza a confusão entre simbólico e executivo, entre representação voluntária e poder real.