FRASE
“Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento.” (Machado de Assis, maior escritor da literatura brasileira)
CLIMA
Os últimos dez dias, com a chegada do frio e o feriado da semana passada, fez com que o clima político em Mairiporã arrefecesse. O que se observa neste momento é uma espécie de ‘deixa a vida me levar’, ao melhor estilo Zeca Pagodinho. Fato é que ninguém, e os políticos no pacote, aguenta mais tantos encontros e reuniões, sempre com as mesmas pautas. Mas, como estamos em ano eleitoral, nada impede que nos próximos dias os ânimos voltem a esquentar.
BOLÕES
Embora faltem alguns meses para a eleição, em vários pontos da cidade já foi aberta a temporada de ‘bolões’, com apostas sobre quais serão os novos vereadores. Há de tudo, inclusive palpites completamente fora da realidade, mas, como antes da abertura das urnas todo mundo já ganhou, o que sobra é a torcida para ver quem fica com os prêmios (em dinheiro) dos tais bolões. Nomes conhecidos e outros de quem nunca se ouviu falar, foram citados pelos apostadores. Determinados nomes, no entanto, aparecem com maior frequência.
MIL
Conforme reportagem deste jornal na semana passada, Mairiporã vai contar mil mil pessoas no trabalho como mesários e apoio logístico nas eleições de outubro. É o maior contingente para essa tarefa na história política da cidade. Se o total de voluntários inscritos não preencher a necessidade da Justiça Eleitoral, aí o processo vai ser na base da convocação.
RETORNO
Fernando Brandão, vereador, depois secretário municipal, retorna à sua cadeira na Câmara, com o falecimento de Gilberto Sensei, primeiro suplente que estava na função desde 2021. Desta vez, pelo que se pôde entender do desenrolar desse processo, Fernando preferiu retornar ao Legislativo a dar lugar ao segundo suplente.
RACHADA
Pelo andar da carruagem, a oposição, rachada desde a derrota eleitoral em 2020, vai seguir assim no pleito deste ano. Muito cacique e pouco índio para manter a tribo unida. Juras de fidelidade total e de companheirismo eterno, acabaram muito antes do que se imaginava.
MAS JÁ?
Em política não há espaço para amadores. Tanto assim, que já tem grupelhos falando na sucessão municipal de 2028. Isso é sinal de que a reeleição do prefeito Aladim tem tudo para se concretizar.
FAIXAS
A maioria das faixas de pedestre na região central da cidade está apagada. À noite, são invisíveis. O Departamento de Trânsito precisa com urgência dar uma demão de tinta, para que os pedestres e até os motoristas se sintam seguros.
PLANOS
Os brasileiros que têm plano de saúde individual terão um reajuste de 6,91%, conforme autorização da Agência Nacional de Saúde (ANS). O índice é muito acima dos 3,69% da inflação registrada no período. Ou seja, os poderosos seguem deitando e rolando quando o assunto é a saúde dos cidadãos. Mas o amigo leitor achou que o aumento foi desmedido? Perto do que será aplicado aos contratos coletivos, que estão fora da abrangência da ANS, é dinheiro de pinga. Os coletivos vão subir em torno de 25%.
CINEMA
Abrimos um parênteses nas notas políticas, para sugerir aos que gostam de história e literatura política do Brasil e de outros países, o filme ‘Um Cavalheiro em Moscou’ que está sendo exibido pela Premiere. Baseado no best-seller de Amor Towles, acompanha a história do conde Alexander Rostov (Ewan McGregor), que durante a Revolução Russa descobre que seu passado, a origem de sua família e a riqueza o coloca do lado errado da atual história. O conde consegue escapar da pena de morte, mas é isolado por tempo indeterminado no sótão do luxuoso Hotel Metropol. À medida que os anos passam e algumas das décadas mais tumultuadas da história russa se desenrolam fora das portas do hotel, as atuais circunstâncias de Rostov proporcionam-lhe a entrada num mundo muito mais vasto de descobertas emocionais. Entre os cômodos do hotel, ele descobre o verdadeiro valor da amizade, família e do amor. Revela também a perseguição de Stalin a cidadãos inocentes levados ao exilio ou a pena de morte, acusados de crimes que nunca cometeram.
LITERATURA
Outra sugestão é a leitura do livro “Inquérito do Fim do Mundo”, que reúne artigos de vários juristas brasileiros sobre o Inquérito 4.781 do Supremo Tribunal Federal, conhecido como ‘Inquérito das Fake News’. No preâmbulo, um dos juristas repete como um mantra: “O crime sem castigo leva ao castigo sem crime” ( R$ 38,50, da Amazon). O livro foi organizado por Cláudia R. de Morais Piovezan, que é promotora de justiça. Ela organizou também o livro “Sereis como deuses: O STF e a subversão da Justiça”, que fala sobre ativismo judicial na Corte Suprema brasileira. (R$50,83- Amazon)
As indicações (filme e os livros), de certo modo, tem alguma semelhança com o que ocorria durante a primeira metade do século 20 na Rússia. Vale a pena conferir.