Coluna do Correio

FRASE

“Há muitos homens de princípios nos partidos políticos, mas não há nenhum partido de princípios.” (Alexis Tocqueville, pensador e historiador francês)

 SECURA

Embora o ano esteja no início, ele é diferente dos anteriores porque terá eleições em outubro vindouro. O momento econômico, no entanto, faz com que os candidatos estejam mais reticentes e a pauta política siga oculta. Claro que a ausência de lideranças provoca esse silêncio, até pela indefinição de quadros e tendências de supostos candidatos. Dinheiro, neste momento, é artigo raríssimo entre partidos e candidatos. Alguma mudança nesse quadro poderá ser sentida quando a folia do Carnaval acabar. Aí faltarão poucos dias para a abertura da janela partidária, aquela em que o troca-troca de políticos em cargo eletivo pode ser feita sem o perigo da perda de mandato. Mas no tocante a recursos financeiros, a empreitada é bem mais espinhosa.

SÓ UM

As conversas de bastidores afirmam que dos três vereadores que hoje estão investidos no primeiro escalão da Prefeitura, como secretários, apenas um vai retornar ao Legislativo no final de março: Valdeci América, hoje titular na pasta de Serviços Urbanos, onde desempenha excelente trabalho. Os outros dois, Fernando Brandão (Turismo e Esporte) e Marcio Oliveira (Gestão Estratégica), devem seguir como secretários, o que significa desistência da reeleição.

EM TRÂNSITO

Ao contrário do que acontece nas eleições gerais, como as que ocorreram em 2020, nas eleições municipais deste ano não há possibilidade de voto em trânsito. Portanto, os eleitores que não estiverem no município em que moram ou têm vínculos, não poderão votar e deverão justificar a ausência junto à Justiça Eleitoral.

ATÉ MAIO

Se for desejo do eleitor mudar de domicílio, deve fazer a solicitação de transferência pelo Autoatendimento Eleitoral, no portal do TSE. O prazo vai até 8 de maio para a mudança, já que no dia seguinte o cadastro eleitoral será fechado. A legislação determina que nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência seja recebido dentro dos 150 dias anteriores à data da eleição.

TRABALHO

Mairiporã fechou o ano de 2023 com saldo positivo na geração de empregos, com quase 500 novas vagas. O resultado demonstra o esforço da administração municipal em fomentar a economia, através de programas e ações que beneficiam a iniciativa privada. Nos três anos da gestão do prefeito Aladim, foram mais de 2 mil pessoas inseridas no mercado de trabalho com carteira assinada. Números que não foram vistos durante os últimos dez anos. O número de MEIds (Microempreendedores Individuais) também fechou o ano passado com números expressivos.

REPETECO

Os vereadores retomaram as sessões em plenário na terça-feira (6) e quem imaginou que haveria mudança no comportamento dos vereadores, ainda não se conscientizou que nada muda no Legislativo local. Todo o receituário das últimas três décadas foi mostrado neste que é ano eleitoral. Indicações, requerimentos, moções, enfim, o cansativo repeteco de assuntos mais que explorados ao longo do tempo. A lembrar que em 2025, os vereadores eleitos vão ter um aumento em seus subsídios, de R$ 9 mil para R$ 12 mil. Não é sem razão que muitos querem se candidatar em busca de uma vaguinha.

COMANDO

No último dia 1º houve troca de comando no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), com a posse do novo presidente, conselheiro Renato Martins Costa assumiu, em sucessão ao conselheiro Sidney Beraldo, que esteve no comando da Mesa Diretora do órgão no exercício de 2023. Também tomaram posse o vice-presidente Antônio Roque Citadini e a corregedora Cristiana de Castro Moraes, que terão mandato de um ano na direção da Corte de Contas paulista.

FOLCLORE POLÍTICO

“O Mimo”

Os causos e histórias envolvendo eleições são infinitas, umas verdadeiras, outras próximas disso e outras que são invencionices. A relação entre o candidato e o eleitor está no imaginário das pessoas e dificilmente alguém não se lembra de um episódio que jura ser verídico.

Em Mairiporã há muito material sobre causos envolvendo engraçadas, folclóricas e absurdas situações.

Um deles, vivenciado por um grupo de pessoas, composto de amigos e cabos eleitorais, é tido como real.

Um candidato a vereador, esperto e astuto em toda a sua carreira política, num dos pleitos lutava com todas as armas visando garantir sua vaga na Câmara Municipal. Aliás, cabe aqui um parênteses, pois uma vaguinha no Legislativo, especialmente o de Mairiporã, é o sonho de consumo da maioria, já que tem salários polpudos e o custo-benefício para a população é zero. Voltando ao candidato, ele prometia mundos e fundos (como todos fazem), de empregos a favores pessoais.

Numa ação pouco usual até então, o tal vereador comprou pelo menos duas dezenas de sapatos, estalando de novos, para a campanha. Não para usá-los nas andanças atrás de eleitores. Não! Mas para trocá-los por voto.

Parece mentira, mas o candidato conquistava o voto dando em troca um par de sapatos. Porém, a coisa não era tão simples assim. Como promessa não é voto certo, o eleitor recebia apenas um pé do dito pisante. O outro, só depois de abertas as urnas.

Nessa altura do jogo, a picardia do político entrava em cena: o eleitor era obrigado a fornecer o número da seção eleitoral em que votava. Só depois de abertas as urnas e de uma minuciosa conferência, é que o complemento do par seria ou não liberado.

Segundo a história, a maioria dos eleitores recebia o complemento do par. A minoria, no entanto, ficava com um pé do sapato perdido, o que também ocorria com o candidato.