Coluna do Correio

FRASE

“A experiência é uma lanterna dependurada nas costas que apenas ilumina o caminho já percorrido.” (Confúcio, pensador e filósofo chinês)

 

RESULTADO

Mairiporã fechou o mês de novembro com o melhor resultado na geração de emprego formal (com carteira assinada) na região, desconsiderando o município de Cajamar, um dos mais industrializados do Estado. Por lá foram 1.179 empregos criados. Mairiporã fechou o referido mês com 141 novas vagas, Franco da Rocha com 62, Francisco Morato com 2 e Caieiras, com saldo negativo de 11 postos de trabalho.

RESULTADO (II)

O mês de novembro também será lembrado pelo mercado de trabalho local como aquele em que a barreira dos 15 mil empregos formais foi ultrapassada. Essa marca histórica era perseguida há pelo menos cinco anos.

RESULTADO (III)

Mais um ano legislativo se findou e a produtividade dos nobres edis, como sempre, repetiu performances registradas em 2021 e 2022. Aquela conversa durante a posse, há três anos, de mudança de mentalidade e novos ares na Câmara era, como sempre, conversa pra boi dormir. Outra vez foram mais de 900 indicações e tantas e tantas moções, a maioria versando sobre assuntos que já foram tema pelo menos nas últimas quatro décadas: patrolar e cascalhar ruas, corte de mato, troca de lâmpada, poda de árvores, ampliação de horários e linhas de ônibus urbano, construção de lombadas, desassoreamentos em geral, ou seja, repertório manjado pela população. Mudam-se os ‘donos’ das cadeiras, mas a cartilha de como ser um parlamentar segue a mesma e está prestes a comemorar 50 anos.

ELEIÇÕES (I)
Estamos definitivamente em ano eleitoral. Não só Mairiporã, mas todos os municípios brasileiros. E isso, de acordo com a legislação, impõe uma série de regras àqueles que detêm cargo eletivo, no caso, prefeitos e vereadores, como participar de inaugurações de obras públicas, o que é permitido só até o final de junho. Também toda e qualquer pesquisa a ser divulgada precisa do registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

ELEIÇÕES (II)

O pleito de outubro vindouro foi um dos argumentos que levaram o presidente Lula a não vetar o estratosférico recurso de R$ 4,9 bilhões para os partidos. A justificativa constante da LDO, que foi sancionada pelo presidente, era de que os recursos não poderiam ser menores do que do ano passado. E assim foi feito. O presidente da República, se imaginou que um terceiro mandato seria o mesmo céu de brigadeiro dos anteriores, errou feio. O controle, pelo que se vê e ouve, é do Congresso.

FRASES POPULARES

Ao longo de 2023 esta coluna publicou dezenas de frases célebres, e iniciamos o ano com algumas que não tiveram a oportunidade de ocupar este espaço, mas que definem muito o que é o ser humano. Selecionamos cinco delas:

– “Me decepciono, mas não me surpreendo. Acho que todo mundo é capaz de tudo.”

– “Puta é um adjetivo usado pela sociedade para descrever a mulher que tem atitudes iguais às de qualquer homem padrão.”

– “O que foi dito bêbado foi pensado sóbrio.”

– “Acredite, a segunda-feira é mais dura para quem não trabalha.”

– “Quanto mais você vive, mais entende porque o galo já começa o dia gritando.”

 

FOLCLORE POLÍTICO

QUEM É ELE?

Nos tempos em que escolher os candidatos a governador do Estado era tarefa exclusiva de delegados do partido governista, a Arena (Aliança Renovadora Nacional), na década de 1970, a busca pelo Palácio dos Bandeirantes colecionou histórias e episódios que iam desde a simpatia pelo candidato até aquele famo$o incentivo. Esquema que funcionou muito bem enquanto as eleições diretas seguiam engavetadas.

A Arena, sob influência do Regime Militar, tinha dois candidatos disputando a indicação do partido em São Paulo: o então ex-governador Laudo Natel (que diziam ter a simpatia do então presidente da República, Ernesto Geisel) e o neófito Paulo Maluf. Guerra de gente grande, poderosa, cujos meios para alcançar os objetivos eram inúmeros e fartos.

Voltando a Mairiporã, o professor Armando Pavanelli e o comerciante Nunes, do bar, eram os delegados que votariam na escolha e, por isso mesmo, receberam a visita dos dois postulantes. No total eram 1.261 delegados em todos os municípios paulistas, no ano de 1978. O primeiro que pisou na aldeia pitoresca foi o ex-governador Laudo Natel, que foi presidente do São Paulo Futebol Clube e um dos mais importantes executivos do Bradesco, e que tentava um terceiro mandato como principal mandatário do Estado.

Depois de conversar com Armando Pavanelli, que morava no andar superior do antigo prédio do cinema, Natel foi ao andar debaixo, onde ficava o concorrido bar do Nunes. Sempre cercado por muita gente, assessores e correligionários, Laudo Natel adentrou ao bar, à época com decoração das mais exóticas, com toda pompa e circunstância que a ocasião exigia. Ao ver a figura do ex-governador, Nunes logo perguntou a amigos próximos, sem pestanejar: “quem é esse homem?” Além de não conhecer Natel, soube-se depois que também não lhe deu o voto. Maluf levou os votos da Arena de Mairiporã e se elegeu governador. Seu nome foi indicado pelo partido com 617 votos, contra 589 dados a Natel. De se imaginar, que naqueles tempos, Nunes certamente não foi o único delegado que desconhecia a figura de Laudo Natel. O fato se repetiu principalmente nas mais distantes cidades do estado bandeirante.