FRASE
“A corrupção é o cupim da República” (Ulysses Guimarães, deputado e presidente da Assembleia Constituinte de 1988)
PREVIDÊNCIA
Como noticiado por este jornal na semana passada, a contribuição previdenciária dos servidores municipais vai sofrer reajuste. Projeto nesse sentido foi enviado à Câmara e lido na sessão de terça-feira. O vereador Doriedson pediu o adiamento por 1 semana da votação em plenário, com a desculpa de se inteirar melhor do assunto, mesmo sabendo que o texto original não pode sofrer alterações. O Certificado de Regularização Previdenciária do município vence dia 28 deste mês e até lá se não houver o reajuste da Previdência, Mairiporã deixa de receber repasses da União.
JEITINHO
Outro vereador, Neto Barzil, pediu a retirada do projeto 7/2021, que altera a Lei Complementar 400/2016. O Tribunal de Contas do Estado determinou que assessores parlamentares só podem ser contratados mediante a apresentação de diploma de nível superior, e não mais de assessores que estejam cursando faculdade. O adiamento da votação foi, na verdade, tentativa de se encontrar um jeitinho de manter a coisa como está. Quando exigirem que candidatos a vereador tenham diploma universitário, aí vai ser um Deus nos acuda.
CHARIVARI
No gabinete da presidência, segundo um passarinho que a tudo observava da janela, o presidente Ricardo Barbosa travou áspera discussão sobre adiar o projeto, com dois vereadores preocupadíssimos em ter que trocar os assessores. E o recado foi direto: vai ter que trocar. O presidente, segundo suas próprias palavras, não vai ficar à mercê das sanções do Tribunal de Contas do Estado, como ocorreu com três de seus antecessores, para agradar quem quer que seja. A ordem do TCE é uma só: “diploma nesse pessoal com cargos políticos”. Pelo menos isso!
CARTEIRADA
Um hábito de idos tempos, que parecia erradicado, parece estar de volta na cidade. Tem gente dando ‘carteirada’ a torto e a direito, em alto e bom e som: “Sou autoridade”. Lamentável!
VACINA
Outro projeto que também será votado na próxima sessão diz respeito à participação da Prefeitura no Consórcio de Cidades que vão comprar vacinas para combate ao Covid-19. A vinda de mais medicamento pode acelerar a imunização de todos os grupos prioritários.
INTRIGANTE
Desde que a pandemia se instalou no País, e também em todo o planeta, que o mundo foi inundado por comentários, explicações, gráficos, estatísticas, enfim, todo um aparato para elucidar a chegada do novo coronavírus. E as recomendações vieram em igual quantidade. Há uma semana São Paulo adotou nova fase vermelha para manter as pessoas dentro de suas casas. Nesse período, milhares de vacinas foram aplicadas e a maioria dos estabelecimentos comerciais ficou fechada. Resultado? Morreram mais pessoas, faltaram mais leitos de UTI para infectados e a situação parece fora de controle. Intrigante essa pandemia e mais ainda as ‘autoridades’ em Saúde com suas mirabolantes ideias. Seria cômico, se não fosse tráfico.
IGREJAS
O Plano São Paulo de enfrentamento da pandemia, sabe-se lá por que motivo (político evidentemente), manteve a permissão de funcionamento das igrejas. Pessoas dentro de lojas, restaurantes etc, não pode. No interior de templos, pode. Será que as forças divinas protegem aqueles que se aglomeram dentro das igrejas?
SEMELHANÇA
A liberação de lotes de vacina pelos institutos responsáveis, em doses bem homeopáticas, é bom frisar, se assemelha à marcação de gols numa decisão de futebol. Cada lote anunciado parece um gol marcado e comemorado. A que ponto chegamos.
MOROSO
Não há outro adjetivo para classificar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, sobre a decisão que anunciou na segunda-feira (8), que anulou os processos da Lava-Jato julgados pelo então juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula. Exceto, se houver outra explicação, ainda fora do alcance dos mortais. Sua excelência esperou os processos serem julgados, inclusive em duas outras instâncias, fez Lula aguardar 580 dias preso, assistiu a uma guerra de pedidos de habeas corpus em todas as esferas pertinentes, ele mesmo negou alguns, para então descobrir que os processos foram julgados por foro não competente. O caro leitor pode ter certeza: uma nova guerra tem início, cujas proporções são, no momento, inimagináveis. Em que instituição se pode acreditar no Brasil?
TEMPOS BICUDOS
A situação diante da pandemia não poderia ser outra, a não ser a de uma economia em colapso e dificuldades em todos os setores. A novidade agora, para que os ovos de chocolate não fiquem encalhados em lojas e supermercados, é comprar a guloseima para a Páscoa com a opção de pagamento em até 12 vezes.
TEMPLOS BICUDOS
E comprar chocolate à prestação não é nada, perto do que está fazendo um templo no Rio de Janeiro: colocou um outdoor defronte à fachada do prédio, com uma oferta imperdível: “Parcelamos o seu dízimo”. Não é um encanto?
RESTRIÇÕES
O Ministério da Economia está mapeando municípios, além de estados, que estão concedendo reajustes ou gratificações aos servidores, contrariando a lei complementar que estabelece o Programa Federativo de Enfrentamento à Covid-19. A Prefeitura de Mairiporã não está entre as 54 já identificadas.