Caso de polícia!

A cada manhã a cidade é surpreendida com mal feitos da empresa que presta serviço de transporte urbano. E o repertório da VEM (Viação Eduardo Medeiros) é vasto e tem para todos os gostos.

Primeiro foram ônibus modernos, com ar-refrigerado e pontos para wi-fi, que foram confiscados pelo Judiciário. Certamente quem vendeu não recebeu. Depois a chegada de ônibus velhos. Em seguida, supressão de linhas, cancelamento de horários e os usuários transformados em vítimas diárias. E são fartos os ‘causos’ que envolvem essa relação: passageiros que descem dos coletivos para empurrar o ônibus em subidas; quebras constantes; passageiros que são obrigados a quebrar o vidro do veículo para descer, pois o carro foi jogado num barranco, pois os freios falharam; ou seja, histórias contadas, registradas e divulgadas pelas redes sociais.

Nesta quarta-feira a VEM chegou ao ápice: motoristas entraram em greve por falta de pagamento. O que mais falta acontecer no transporte urbano da cidade?

O ‘abacaxi’ caiu no colo do prefeito eleito, que tem se virado como pode para manter funcionando o transporte público.

Passou da hora de mandar essa empresa embora. Desde que aqui chegou, é bom repetir (por obra do ex-prefeito Aiacyda e vereadores reeleitos que hoje se fingem de mortos), toda sorte de problemas passaram a ocorrer. O então alcaide e seus fiéis escudeiros fizeram o diabo para tirar a ETM (Empresa de Transportes Mairiporã), que prestava bom serviço há mais de 30 anos, e deram de presente ao povo mairiporanense o que se vê agora. Era ano eleitoral e a promessa de melhorar algo que já era bom, nunca aconteceu.

O que fizeram foi sucatear o transporte público em ano eleitoral, com argumentos de mudança frágeis através de manobras no mínimo estranhas.

Quem paga por tudo isso são os mais pobres, os que dependem exclusivamente do transporte público, mas que pagam impostos como todos os cidadãos.

O que a VEM oferece ao usuário de ônibus é perigo constante, insegurança total, risco de vida.

Toda essa situação, como se dizia antigamente, virou caso de polícia.

Já passou da hora da VEM dizer que VAI!