Na última semana a Universidade de Baylor publicou no The Journal of Nutrition, um dos mais renomados e respeitados dos EUA, um estudo em que revela ser a má alimentação a maior vilã para a saúde das crianças.
Dentre as conclusões, a de que os hábitos alimentares são mais determinantes do que outras variáveis, como atividade física, por exemplo.
O estudo, que pode mudar os rumos da obesidade infantil, segundo os pesquisadores, é resultado de uma investigação que buscou entender quais fatores influenciam o ganho de gordura corporal em crianças. Foram coletados dados de 77 crianças de comunidades rurais e urbanas no Equador. Desse número, 43 moram em área indígena isolada, enquanto as outras 34 vivem em regiões com acesso a hospitais, lojas, restaurantes e mercados. O objetivo era avaliar o gasto energético, a atividade física e imunológica dos participantes.
Os resultados mostraram que, ainda que os grupos tenham níveis semelhantes de atividade física, as crianças das comunidades urbanas têm, em média, 65% mais gordura corporal do que as crianças rurais. Segundo os pesquisadores, esse é um indício de que a gordura corporal pode estar mais relacionada à má alimentação do que ao sedentarismo.
“Nossas descobertas estão de acordo com um crescente corpo de pesquisas apontando para uma dieta pobre como o fator mais importante subjacente ao desenvolvimento da obesidade infantil”, afirmou Samuel Urlacher, um dos autores da pesquisa.
Com as crianças em casa por mais tempo, por causa da pandemia, o risco de consumir biscoitos, doces e produtos industrializados é maior e por isso mesmo os pais devem transformar o alimento em algo que criança veja prazer e inserir mais frutas no cardápio. (Foto: Estudo concluiu que dieta pobre em nutrientes é a principal causa da obesidade infantil. Crédito – Reprodução)