A ÚLTIMA colocação ‘conquistada’ por Mairiporã dentre as cinco cidades da região e uma das quatro piores da Região Metropolitana, na avaliação divulgada pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), quanto ao IGEM (Índice de Efetividade de Gestão Municipal) repercutiu negativamente nos meios empresarial e comercial.
A divulgação feita em rede nacional nos telejornais da Globo também contribuiu para piorar a imagem que a cidade tem um cenário pouco animador na última década. Os dados do TCE são do ano de 2016, último da gestão Márcio Pampuri.
Empresários e comerciantes ouvidos pela reportagem disseram que os modelos de gestão empregados no governo da cidade na última década contribuíram para a avaliação pífia no ano passado. Segundo eles, nossos governantes precisam com urgência sair do ‘feijão com arroz’ e modernizar a forma de dirigir a coisa pública. Citaram como exemplo quatro cidades, dentre elas Atibaia.
Os outros municípios que integram a região (Caieiras, Cajamar, Francisco Morato e Franco da Rocha) ficaram dentro do perfil da média estadual, com nota B. O IGEM avalia sete áreas públicas: educação, saúde, planejamento, gestão fiscal, meio ambiente, proteção aos cidadãos (quesitos ligados à área de Defesa Civil) e governança de tecnologia da informação.
No caso do fraco desempenho de Mairiporã, não tem como avaliar a atual administração que assumiu este ano, mas o desafio dos novos administradores é corrigir essas distorções. Já os municípios vizinhos, que alcançaram resultados melhores, o desafio é manter ou mesmo superar o índice.
O setor da Saúde também não deve avançar na avaliação que será divulgada no ano que vem, cujos dados são relativos a 2017. Equipe do TCE que visitou a cidade em março deste ano teceu críticas depois da visita à UBS de Terra Preta, o que certamente vai influir no resultado final.
Cada indicador e as cidades em geral são avaliados por conceitos: A (altamente efetiva), B+ (muito efetiva), B (efetiva), C+ (em fase de adaptação) e C (baixo nível de adequação).