A história político-administrativa de Mairiporã teve início no final de 1947, quando já elevada à condição de município, Mairiporã elegeu pelo voto popular o primeiro prefeito: Bento Oliveira Nascimento, que sem adversários de expressão, amealhou 720 votos de um total de 1.041 eleitores, equivalentes a 70% dos votos, e tomou posse em janeiro de 1948. Nesse primeiro pleito não existia a figura do vice.
Os dados estatísticos sobre os pleitos no município, no entanto, só são conhecidos a partir de 1972, através do arquivo deste jornal. Nessa condição, foram 12 eleições para prefeito, vice e vereadores. O principal nome político da cidade ainda continua sendo Luiz Salomão Chamma, que se elegeu três vezes, em períodos em que não existia o mecanismo da ‘reeleição’.
Outro fato curioso, é que, ainda partindo de 1972, foram cinco prefeitos eleitos que nunca foram vereadores, e 3 que tiveram assento no Legislativo.
No total são 18 administrações e 12 prefeitos eleitos.
1972 – O delegado de polícia Aloysio Arnaldo Salotti (Arena) foi eleito nesse ano para um mandato de 4 anos, obtendo 50,44% dos votos (3.174), ao derrotar outro candidato do mesmo partido, Reginaldo Rogero, que conquistou 33,52% (1.601). Naquela oportunidade estiveram aptos a votar 5.155 mairiporanenses, e os votos em branco somaram 177, os nulos, 193 e ainda 10 abstenções. Para a Câmara foram eleitos 9 vereadores.
1976 – Na condição de ex-prefeito, Luiz Salomão Chamma voltou à disputa e conquistou o segundo mandato, que acabou prorrogado por mais dois anos, perfazendo seis anos em sua totalidade. Chamma foi eleito com 57,57% (4.5960 votos), candidato pela Arena, e derrotou Arlindo Carpi (MDB), que ficou com 25,82% ((2.049 votos) e José Trajano da Cruz Braga, com 7,29% (579 votos). Foram 355 votos em branco, 386 nulos e 13 abstenções, para um total de 7.937 pessoas. Para a Câmara foram eleitos 11 vereadores.
1982 – Ano em que o prefeito eleito também ficou no cargo por 6 anos, porém esse tempo já havia sido previsto antes da votação. Funcionário público de carreira, Antônio Jair Oliveira Nascimento (PDS) foi o escolhido pelas urnas, com 36,13% ((4.798 votos), em pleito que registrou a participação de mais quatro candidatos: Arlindo Carpi (PMDB), com 28,55% (3.791 votos); Maria Zeza Gomes de Oliveira ((PMDB), com 11,14% (1.479 votos), Aloysio Salotti (PDS), com 10,36% ((1.379 votos) e José Francisco Santos (PDT), que conquistou apenas 14 votos. Um total de 14.671 eleitores estavam inscritos para votar, e 1.305 votaram em branco, 513 anularam e 1.392 se abstiveram. O Legislativo ganhou mais duas cadeiras, totalizando 13 vereadores eleitos.
1988 – Pela terceira vez Luiz Chamma foi eleito, na mais acirrada disputa que a cidade tinha visto, pois foram 9 candidatos a prefeito, número que até hoje não foi batido.
Chamma (PDS) obteve 4.720 votos ((24,19%), Maria Zeza G. Oliveira (PMDB) 3.135 (16,07%); Sarkis Tellian (PTR) 2.300 (11,79%); Armando Pavanelli (PFL) 2.094 (11,76%); Edgar J. Dempsey (PV) 1.029 (5,27%); Paulo Amaury Serralvo (PTB) 830 (4,25%); Archangelo Spada (PDT) 733 (3,76%); José A. Cardoso da Silva (PSB) 671 (3,44%) e Dinarte Bonetti Júnior (PT) 420 (2,15%). 2.467 eleitores votaram em branco, 911 anularam o voto e 200 não compareceram às urnas. A Câmara, a exemplo dos anos anteriores, ampliou seu número de cadeiras para 15.
1992 – Coube ao médico Sarkis Tellian (PSDB), que havia perdido a eleição anterior, quebrar a velha oligarquia e se eleger. Os quatro candidatos na disputa, após a abertura das urnas, tiveram votação muito próxima. Sarkis obteve 6.519 votos (23,56%); Antônio Jair O. Nascimento (PFL) 5.852 (21,15%); Arlindo Carpi (PSB) 5.275 (19,07%) e Chafic Jabali (PSD) 4.553 (16,46%). Do total de 30.657 eleitores, 2.432 votaram em branco, 2.581 anularam e 3.445 se abstiveram. O número de 15 cadeiras na Câmara foi mantido.
1996 – Depois de várias tentativas, Arlindo Carpi ((PSB) conquistou a Prefeitura com 7.447 (32,92%), vencendo Chafic Jabali (PST), que recebeu 6.659 votos (29,44%); Éssio Minozzi Jr. (PT) 4.959 (21,92%) e Mário César Nascimento (PV) 355 (1,57%). Nessa legislatura foi mantido o número de 15 vereadores eleitos.
2000 – Depois de 18 anos, Antônio Jair Oliveira Nascimento (PPS) voltou ao Palácio Tibiriçá como prefeito, com 12.398 votos ((36,36%), e enfrentou outros seis candidatos: Sarkis Tellian (PSDB) 6.452 (18,92%); Éssio Minozzi Júnior (PT) 4.865 (14,27%); Arlindo Carpi (PSB) 2.139 (6,27%) Chafic Jabali (PST) 1.442 (4,23%); Tuna (PV) 463 (1,36%) e Euclides Netto (PRONA) 389 (1,14%).
Cerca de 31.196 eleitores estavam inscritos, dos quais 1.008 votaram em branco, 2.040 anularam e 2.902 não votaram. Foram 15, os eleitos para o Legislativo.
Foi a primeira eleição em que o prefeito que estava no cargo concorreu à reeleição. E Arlindo Carpi não foi reeleito. Para a Câmara foram 15 os eleitos.
2004 – E ainda não foi neste ano que o primeiro prefeito a ser reeleito seguiu no cargo. Antônio Jair O. Nascimento (PTB), com 9.318 votos (27,14%), perdeu para Antônio Aiacyda (PSDB), que conquistou 16.640 votos (48,47%). Também estiveram na disputa Éssio Minozzi Júnior (PT), com 3.303 votos 99,62%); Arlindo Carpi (PSB) 3.127 (9,11%); Fátima Lodi (PFL) 474 (4,29%) e Manoelino Cordeiro (PMN) 468 (1,36%). Se abstiveram de votar 5.317 eleitores, e outros 829 votaram em branco e 1.727 anularam. O colégio eleitoral tinha 42.203 inscritos. A novidade deste pleito foi a redução de cadeiras na Câmara, que caiu de 15 para 10.
2008 – O prefeito Aiacyda (PSDB) foi o primeiro a conquistar a reeleição. Nesse ano obteve 19.780 votos (47,05%), novamente derrotando o ex-prefeito Antônio Jair O. Nascimento (DEM), que recebeu das urnas 10.097 votos (24,04%), e ainda Márcio Pampuri (PDT) 5.793 (13,78%); Flávio Polako (PSOL) 879 (2,09%); Cristiano Garotinho (PSC) 753 (1,79%) e Manoelino Cordeiro (PMN) 461 (1,10%). Do total de 49.347 pessoas aptas a votar, 2.332 anularam o voto, 1.947 votaram em branco e 7.305 não compareceram aos locais de votação. Foram 10 os eleitos para a Câmara.
2012 – A cidade novamente quebrou a velha oligarquia e elegeu o médico Márcio Pampuri para comandar a Prefeitura, com 17.903 votos (44,66%), pleito que teve ainda as participações de Leila Ravázio (PSDB) 12.607 (31,45%); Du (PTB) 8.768 (21,87%); Fátima Lodi (PRTB) 339 (0,85%) Manoelino Cordeiro (PMN) 323 (0,81%) e Zé Hélio (PSOL) 146 (0,36%). Os votos brancos somaram 2.433, os nulos, 2.911 e 9.833 eleitores se abstiveram. No total, a cidade tinha 55.263 inscritos. No Legislativo houve aumento de 3 cadeiras, e 13 vereadores foram eleitos.
2016 – Para um terceiro mandato, Antônio Aiacyda (PSDB) foi eleito com 23.817 votos (56,12%), vencendo Márcio Pampuri ((PV), que tentava a reeleição e conquistou 10.882 votos ((25,64%), e ainda Aladim (PTB) com 7.081 (16,68%); Jairzinho (PT) 663 (0,85%) e Zé Hélio (PSOL) 180 (0,00%). Estavam inscritos para votar 59.646 eleitores, e 1.770 votaram em branco, 3.645 anularam e 12.087 não compareceram nos locais de votação. Mantido o número cadeiras, foram eleitos 13 vereadores.
2020 – Em 2020 o atual prefeito, Aladim, foi eleito pelo PSDB com 21.315 votos (50,19%), derrotando Antônio Aiacyda (PSD) 15.439 (36,36%); Major Paulo (PATRIOTA) 4.173 (9,83%); Dona Francisca (PT) 911 (2,15%); Solange Theodoro (PDT) 363 (0,85%) e Manoelino Cordeiro (DC) 197 (0,46%). Foram 1.800 votos em branco, 3.031 nulos e o recorde de abstenções, com 16.479 abstenções, maior que a votação do segundo colocado. Mairiporã tinha nesse pleito, 63.775 inscritos. A Câmara manteve o número de 13 vereadores. (Da Reportagem)
Legenda:
Bento Oliveira, o primeiro prefeito (1949/19952); Luiz Chamma (1969/1972 – 1977/19982 – 1989/1992), Aladim, o atual prefeito (2021/2024)
Crédito:
Correio Imagem