Ano novo tem que ter

Última edição do ano e quando 2024 chegar estaremos brindando o novo ciclo. Tudo normal não fosse a saudade grande que o velho ano vai me deixando. Um maravilhoso ciclo de doze meses com muita saúde e prosperidade que me enche de esperança para vitórias ainda maiores. Fantástico colher o bom plantio da sensação das missões cumpridas, das armas empunhadas para as guerras que se levantam e para todas elas sabendo sempre quando lutar e quando esperar.

O ano que finda foi envelhecendo enquanto me via pisar firme em direção ao futuro que busquei, mas sabendo ser dono apenas do presente. Chegaram novos amigos e pudemos rir muito e comemorar por motivos bobos e pelas grandes causas. Foi legal demais não banalizar momento nenhum e na maioria das vezes sofrer pouco quando não valia a pena e ser mais forte quando chegaram os erros.

Saboreie mais as datas do velho ano com seus dias, feriados, suas temperaturas, tempestades e muito sol entrando pela janela. Não foi preciso expor, já que o melhor mesmo é viver ao lado de quem se importa e deixa a vida mais leve.

Fiquei menos contaminado com a maldade alheia, mas não esfriei o jeito de me doer por quem está perto. Meu tempo ficou mais valioso e eu o entrego sem cobranças quando posso e quando não posso, não estou jogando, apenas estou ocupado. Me ocupo vivendo! Simples assim.

Me decepcionei, é claro, e quem nunca se decepciona, mas o grande barato é que nesses dias eu só sofri o necessáro e logo em seguida consegui ir em frente com a mente mais forte para fechar as janelas desnecessárias e escancarar as portas que ainda não tinham sido abertas. Filosofei bastante por aqui, mas também falei com simplicidade do cotidiano.

O ano novo tem que ter um pouco de tudo isso. Tem que vir com aquela sensação boa de um fim de tarde depois de ter trabalhado o dia todinho de cedo até escurecer, mas podendo descansar com a certeza de ter encontrado tanta gente e em cada encontro aproveitado a chance de deixar uma marca mesmo que pequena, capaz de tirar uma lágrima do próximo, caso eu tivesse que partir antes da luz do próximo dia.

Posto que não dorme aquele que me guarda, deixo aqui o meu voto sincero de um feliz e próspero ano novo!

 

Luís Alberto de Moraes – @luis.alb – Autor do livro “Costurando o Tempo – dos Caminhos que Passei”