Ao contrário do que se poderia imaginar, o governo do prefeito Antônio Aiacyda (PSDB) sai fragilizado ao completar o primeiro ano. Sua impopularidade é comparável à popularidade que tinha durante a disputa eleitoral, ou seja, alta. Tudo aquilo que tinha como meta para a cidade naufragou logo de início, ao se deparar com um hospital novinho em folha e um centro educacional despencando de velho, ainda que não tenha dez anos de vida. E pelo que se tem visto, não terá vigor (muito menos dinheiro) para implementar nem uma pequena parte do que prometeu durante a campanha eleitoral.
Tudo caminha em ritmo lento e a velocidade com que os problemas aparecem faz com que não se tenha um quadro animador para 2018. O Orçamento do Município, com míseros 1,3% de aumento em relação ao deste ano, é indicador inquestionável de que muito pouco será feito.
Se ainda não está em situação politicamente frágil, isso se deve aos esforços e às barganhas que fez. Sem coragem para enfrentar problemas que precisam de soluções imediatas nas áreas da Saúde, Segurança, Saneamento Básico, Meio Ambiente, Mobilidade Urbana e Funcionalismo Público, se viu forçado a engolir a seco indicadores econômicos negativos, divulgados por órgãos governamentais, o que levou a população à descrença e desânimo.
2018 ainda não chegou, mas todos sabem como vai terminar. Não haverá repasse de recursos de outras esferas, por ser ano eleitoral. A crise econômica, embora o Governo Federal se mostre esperançoso, ainda vai causar problemas, principalmente às administrações municipais.
Com todas as chuvas e trovoadas em apenas um ano à frente da Prefeitura, Aiacyda e seus tucanos, assim como os partidos que lhe fazem agora juras de amor, inevitavelmente pagarão nas urnas em 2020. Quem imagina que o tempo é longo, engana-se: Márcio Pampuri também fez uso dessa estratégia e ‘quebrou a cara’. Pior, os tucanos correm o risco de se tornarem meros coadjuvantes.
Não são poucos os analistas e setores da sociedade que enxergam um governo municipal anêmico.