Quase um ano depois do início da pandemia, o País convive com toda sorte de opiniões e palpites sobre o avanço da doença, e isso reúne num mesmo balaio cientistas, médicos, autoridades, videntes e palpiteiros de plantão.
E desde que o fechamento de setores produtivos e o isolamento social foram implantados, vivemos uma barafunda de abre e fecha, de um painel de cores que mais confunde do que orienta, sinais claros de que o novo coronavírus é um desconhecido até mesmo para a comunidade científica.
A letargia em se conseguir uma vacina (agora são centenas em todo o mundo, cada uma oferecendo verdadeiros milagres dos céus) ceifou milhões de vidas e, só no Brasil, mais de 200 mil.
À reboque disso tudo, a economia desceu ladeira abaixo: comércio fechado, boa parcela dele encerrou atividades, desemprego em massa, famílias desamparadas, e nenhuma luz no fim do túnel. Dias vêm e vão, e nada muda. Os noticiários alarmistas da TV parecem um filme velho, repetido à exaustão e nas entrelinhas disso tudo, uma disputa política abjeta, insana, que transforma o que já é ruim, em algo muito pior.
Falta sensatez a todos nessa história. Não há produtividade que resista a essa ‘abre e fecha’, a essas mudanças de cores, à falta de empregos, de alimentos (muitos passam fome), de leitos hospitalares, de equipamentos. Não consigo encontrar, por exemplo, respostas quanto ao Amazonas. Como as autoridades deixaram a situação chegar onde chegou? Deveriam estar todos presos.
E fica a pergunta que não quer calar: Até quando vamos conviver com incompetentes a cuidar do bem mais precioso do ser humano: a vida!
Ozório Mendes é advogado militante na Comarca, foi vereador e presidente da Câmara na gestão 1983/1988