Aberta exposição sobre cultura japonesa no Museu da Imigração

Estreou no Museu da Imigração (MI) – instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo – a exposição ‘Sombras-Luzes: identidade na diáspora japonesa no Brasil’, das artistas Cristina Suzuki e Claudia Kiatake.

A sombra é um elemento importantíssimo para a cultura japonesa, sobretudo no período Edo (1603-1868), em que o Japão fechava seus portos para estrangeiros. No ensaio ‘Em louvor da sombra’, escrito em 1933 por Junichiro Tanizaki, o autor analisa a presença e valorização da sombra dentro do teatro, da arquitetura, da arte e do cotidiano japonês, além de interpretar a presença da luz no Japão como a entrada da cultura ocidental.

Nesse contexto, as artistas se debruçam sobre a dualidade e a ambiguidade desses dois elementos contrastantes como metáfora de duas culturas que entram em confluência. Ao se estabelecer no Brasil, a cultura japonesa adicionou aspectos à sua subjetividade – além do japonês, surgia algo novo.

Segundo o curador Allan Yzumizawa, “as obras refletem, portanto, este lugar ambivalente de maneira que possamos eliminar as distâncias estigmatizadas do Oriente fabulado e inventado pela colonialidade e notar que, nessas diferenças, reside a potência de criação de algo inovador”.

O projeto ocupa a sala de exposições temporárias Hospedaria em Movimento até 5 de maio de 2024.

O Museu da Imigração fica na Rua Visconde de Parnaíba, 1.316, no bairro da Mooca, na capital paulista, e funciona de terça a sábado das 9h às 18 horas e domingo, das 10h às 18 horas. O ingresso custa R$ 16,00 e meia-entrada válida para estudantes e pessoas acima de 60 anos. A bilheteria fecha às 17 horas. Aos sábados é grátis e, durante a semana, para crianças de até 7 anos.

Acessibilidade no local – bicicletário na calçada do Museu – não possui estacionamento. (Da Redação – Foto: Reprodução)