A escolha dos candidatos

O período das convenções partidárias tem início neste sábado (20) e vai se encerrar em 5 de agosto. A quase totalidade das convenções deve ocorrer até o final deste mês, sem avançar para os últimos cinco dias determinados pela lei. Os prováveis candidatos, desde o início deste ano, já são conhecidos. O início oficial da campanha é no dia 16 de agosto, mas como já comentado neste espaço, começou nos últimos meses do ano passado, mas não de forma velada ou dissimulada. A hipocrisia enraizada na política brasileira é ingrediente imperioso em todo o processo eleitoral.

Há muitos anos as convenções para escolha de candidatos se tornou algo muito próximo a um clube privado, que escancara o baixo engajamento de correligionários e simpatizantes, e muito disso deve ser creditado à maior parcela da sociedade, que nutre desinteresse crônico às diversas etapas do processo eleitoral.

Mairiporã, pelo que se tem escrito, visto e ouvido, deverá ter três candidatos a prefeito: o atual chefe do Executivo, Aladim, que busca a reeleição; o ex-prefeito Márcio Pampuri e o ex-vereador Ricardo Ruiz. Analistas enxergam que no atual momento, dificilmente um quarto nome poderá surgir e em condições de, pelo menos, competir.

A questão mais aguardada das convenções, no entanto, é saber quais serão os candidatos a vereador, sabendo-se que dos atuais 13 componentes do Legislativo, 11 buscam renovar o mandato. Outro ponto em destaque, é que neste pleito, os postulantes estarão em número menor: dos possíveis 20 candidatos em 2020, agora são apenas 14 e, destes, 4 obrigatoriamente terão que ser mulheres. São ingredientes que certamente vão influenciar nos resultados que sairão das urnas.

Outro ponto importante: que perfil de candidatos teremos para a próxima legislatura? As convenções, em parte, vão responder a isso. Seja como for, Mairiporã tem sido penalizada pelas péssimas escolhas dos ocupantes das 13 cadeiras. Isso vem de longa data. Nem mesmo as renovações, que ultrapassam 50% a cada quatro anos, tem solucionado a baixa representatividade do povo em sua Casa de Leis. Não que isso seja demérito e privilégio apenas do parlamento local. A maioria das casas legislativas brasileiras, em todas as instâncias, colocam a representatividade em planos secundários.

Neste final de semana, portanto, fica a expectativa dos nomes que serão ungidos das convenções e que serão submetidos ao eleitor no dia 6 de outubro.