O prefeito Antônio Aiacyda, empossado no dia 1º de janeiro, completou hoje 90 dias de mandato e caminha rapidamente para os primeiros 100 dias, marca que serve para inevitáveis balanços da gestão. No seu caso, a data certamente servirá para anunciar o ‘lenga-lenga’ que faz parte de sua cartilha, que ainda não fez nada porque pegou a prefeitura quebrada, com frota sucateada, cofres vazios e dívidas.
Não se espere, no entanto, que ele explique porque destinou mais de R$ 9 milhões para manutenção do Hospital e Maternidade Mairiporã e não para o Hospital Anjo Gabriel, cujas instalações de mais de 2 mil metros quadrados servem para armazenar materiais diversos da Prefeitura. Igualmente ficará calado quanto à falta de médicos e remédios. Também não vai tocar na questão dos funcionários em cargo de comissão, nomeados à tripa forra, como paga de campanha do próprio prefeito e dos vereadores. Certamente vai se esquivar de comentários sobre a criação de três novas secretarias.
Não se pode, no entanto, subestimar sua excelência. Como existe uma gama de incautos, cuja maioria o levou de volta ao paço municipal, ele vai anunciar que até aqui procurou cumprir o prometido durante a campanha eleitoral, que está mantendo a cidade em funcionamento e que a crise econômica não afetou os serviços básicos. Ainda fará uso das chuvas para justificar dois problemas: o crescimento do mato e a buraqueira em ruas, estradas e avenidas.
Na verdade, o que se viu do atual governo em quase 100 dias, foi nada de promissor para o futuro da cidade. O seu modo de administrar é o mesmo dos mandatos anteriores, com um agravante: agora não tem dinheiro.
Nesse tempo de governo, mostrou, principalmente, que a cidade terá de se acostumar ao seu perfil, bem diferente daquele de seu antecessor. Os 100 dias, como já é de praxe, serve como um marco para balanço, mas no caso do prefeito tucano, não vai servir de alento para os próximos anos.