LEVANTAMENTO divulgado pelo Boa Vista, sobre as vendas na segunda melhor data para o comércio, o Dia das Mês, revela que houve recuo de 41% este ano, na comparação com o mesmo período de 2019. Naquele ano o saldo foi positivo em 1,7%.
Os dados mostram também que foi o pior resultado desde 2008, e o maior percentual de queda havia sido de 4,6% em 2016 e confirmam o cenário fraco para a atividade comercial, que segue restrita por imposição das autoridades.
As vendas on-line, de certa forma, reduziram as perdas, porém insuficientes para compensar a queda das lojas físicas.
O cálculo do volume de vendas para esta data foi baseado em uma amostra das consultas de CPF realizadas no banco de dados da Boa Vista, o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), com abrangência nacional. Para esta data foram consideradas as consultas realizadas no período de 4 a 10 de maio, comparadas às consultas realizadas entre 6 a 12 de maio de 2019.
Local – O percentual médio de 41%, no entanto, foi maior em Mairiporã, segundo lojistas que conversaram com a reportagem.
O comércio de vestuário e calçados, cosméticos, eletrodomésticos, móveis e eletroeletrônicos, de portas fechadas, limitaram as possibilidades de compra dos consumidores.
No caso das lojas de roupas e calçados, as vendas registraram quedas superiores a 60%.
Fecomércio – De acordo com estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP), a projeção de perdas do comércio varejista de todo o Estado alcançou R$ 44 bilhões, já considerando a ampliação do isolamento social determinado pelo Governo paulista, até 31 de maio. O estudo também trabalha com a expectativa do retorno das atividades em 1º de junho.
O faturamento do varejo este ano, ainda segundo a Fecomércio, se comparado a 2019, deve encolher 11%, que significam redução de R$ 83,4 bilhões.