De portas fechadas, comércio de Mairiporã começa a demitir

ENQUANTO o expediente normal não é retomado e as portas continuam fechadas, o comércio de Mairiporã, sem outra alternativa, já começou a demitir funcionários. Antes mesmo de a quarentena obrigatória contra a pandemia do coronavírus começar em São Paulo, comerciantes e prestadores de serviços já sentiam os efeitos da crise econômica que, dia a dia, fica mais evidente – se não o tamanho da queda, mas a inevitabilidade dela.
Segundo informações obtidas pela reportagem, a decisão por demissões teve início na semana passada, quando o Governo do Estado decidiu estender a quarentena por mais 15 dias, o que pode se repetir a partir do dia 22 deste mês.
Os estabelecimentos comerciais que iniciaram os cortes vão desde os maiores até aqueles pequenos negócios de bairros da periferia. Num desses comércios, de 70 funcionários, 50 foram demitidos, e sem a promessa de recontratação quando a pandemia tiver sido debelada.
No setor de Serviços, boa parcela dos empregados estão trabalhado no sistedma home-office, ou seja, prestam serviço de suas casas, mas também nessa modalidade alguns empresários já disseram que se não houver ajuda do governo, não haverá condições de continuar.
Outros setores – Mas não são apenas Comércio e Serviços que iniciaram as demissões. Outros dois importantes setores da cidade, Indústria de Transformação e Construção Civil também seguraram até onde deu, porém não tiveram condições de manter todos os funcionários em seus quadros.
Segundo comerciantes ouvidos pelo Correio, o impacto mais forte deverá recair sobre o varejo de bens duráveis, como materiais de construção e automóveis. Afirmam também que algumas medidas adotadas pelos governos estadual e federal, pode produzir resultados paliativos somente para grandes conglomerados.