O COMÉRCIO de Mairiporã sentiu os efeitos amargos da quarentena nos negócios desta Páscoa. A estimativa dos comerciantes ouvidos pela reportagem é que pelo menos as vendas destinadas para a data tenham sofrido uma redução de até 50% em comparação com o mesmo período do ano passado.
As lojas e docerias especializadas em chocolate foram as que mais sofreram com a queda nas vendas, pois muita gente cortou o ovo de Páscoa ou aproveitou a ida aos supermercados, que continuam abertos por serem essenciais e optou por comprar lá mesmo. Também as produções caseiras tiveram a mesma faixa de redução, segundo as estimativas.
Os donos de pequenos comércios acusaram o golpe e avaliam que apenas supermercados e comericantes que já estavam adaptados ao delivery tiveram bons resultados.
Outra questão apontada a favor das grandes redes é que ovos de chocolate que custavam entre R$ 70 e R$ 80 foram vendidos a R$ 60 e R$ 50, estratégia que atraiu ainda mais os consumidores.
Por outro lado, o comércio de rua, que também tinha uma demanda pela data, porque muitos teriam como opão um presente, no lugar do chocolate, deixaram de faturar pois seguem fechados. Para um desses comerciantes, os que mais precisam de datas especiais e que não têm capital de giro, foram os maiores prejudicados.
Na região, apenas o comércio essencial permanece de portas abertas, respeitando o decreto estadual de quarentena para conter o avanço dos casos da Covid-19. O setor de serviços também sofre com a redução da demanda da população, principalmente os restaurantes, que aguardavam a data para o almoço das famílias.
De modo geral, os restaurantes que montavam o cardápio com peixes, para a sexta-feira, e se preparavam para receber as famílias continuam lutando para sobreviver diante da decisão de mantê-los fechados.