FRASE
“Uma dúvida jurídica: Furtar um político no Brasil é considerado roubo ou reembolso?” (autor desconhecido)
AS TROCAS (I)
Até o dia 14 próximo apenas informações oficiosas sobre o troca-troca de partidos dos vereadores prevalecem. Por ora, o que se sabe é que Wilson Sorriso e Pastor Cícero deixaram o PSC rumo ao PL, mesma sigla para onde foi Éssio Minozzi Júnior, que estava no PDT. Nil Dantas e Alexandre Boava voaram diretamente para o ninho tucano (PSDB): o primeiro saiu do PV e o segundo do PPS. O presidente da Câmara, Ricardo Messias Barbosa, permaneceu no PSDB. Já o edil Doriedson de Freitas ficou no REDE, seu partido de origem.
AS TROCAS (II)
O PV e o PSD perderam representantes: Valdeci Fernandes e Chinão Ruiz, respectivamente, ingressaram no PRB. O PSD manteve Márcio de Oliveira e recebeu Antônio Aparecido da Silva, que deixou o PSDB. Outro que desistiu de ser tucano foi Marco Antônio Ribeiro, que agora representa o PSB, mesma agremiação onde se filiou Carlos A. Forti, ex-PTB. Alguns dos casos citados, por enquanto, são meras conjecturas, pois as confirmações só mesmo no dia 14.
PIPOCA
Alguns vereadores se comportaram feito pipoca nos dois dias que antecederam o final do prazo para mudanças partidárias. Pularam de um lado a outro dentro do espectro partidário da cidade. Pastor Cícero, por exemplo, flertou até a última hora com o partido que tem como pré-candidato a prefeito o Major Paulo. Mas não deu namoro. Resolveu assinar com o PL, que apoia o pré-candidato Aladim.
BANCADAS (I)
Se mantida essa configuração, a Câmara passará a contar com duas bancadas majoritárias, PSDB e PL, cada uma com três parlamentares. Os outros partidos com representação contam com 2 vereadores cada, exceção feita ao REDE, que permaneceu com um.
BANCADAS (II)
Como a infidelidade política é endêmica no País, ficaram sem representação na Câmara os partidos PV ( que tinha 2), PSC (2), o PPS (1), o PTB (1) e o PDT (1).
‘AMIGOS’
A informação de que vários ex-vereadores (bananeiras que já deram cacho) vão se candidatar nestas eleições, não chega a ser novidade. Afinal, todo mundo quer mamar nas tetas do dinheiro público. Como também não é novidade que ‘inimigos’ (não adversários) de ontem, são amigos de infância hoje. Ex-vereadores que fizeram e disseram o diabo sobre o atual burgomestre Aiacyda, agora estão alinhados com ele. De indignar estátua. Novamente se faz necessário recordar a frase do escritor português José Saramago: “Brasil não tem partidos de direita, de esquerda, de nada, tem um bando de salafrários que se reúnem para roubar juntos”.
EXEMPLO?
Em 2016, quando a crise econômica assolou o País, o então prefeito Márcio Pampuri cortou seus próprios salários em 30% e fez o mesmo com os secretários municipais. Situação semelhante ou ainda pior agora, não se mostrou suficiente o bastante para o atual prefeito, Antônio Aiacyda, ter o mesmo gesto de grandeza e cortar na própria carne. Ao contrário, percorreu caminho inverso e enviou projeto à Câmara reajustando seus salários, e também do vice, em 4%. Exemplo definitivo do que vem a ser político e ‘político’.
MESMA DATA
Na campanha eleitoral de 2018, o prefeito Antônio Aiacyda fez apostas erradas e jogou a cidade no limbo. Com a vitória de João Dória, o alcaide foi considerado traidor, pois apoiou o adversário do tucano. Passados dois anos, Dória ignora Mairiporã. E nesse período, o prefeito induz a população ao erro, quando fala em utilizar as dependências do Hospital Anjo Gabriel, criminosamente fechado há quase quatro anos, para nele instalar um AME. Não há, oficialmente, qualquer sinalização nesse sentido por parte do Estado. Com toda essa história do coronavírus, Aiacyda volta a cometer erros ao rezar pela cartilha farta de bobagens do governador. A quem Aiacyda dá ouvidos no Palácio Tibiriçá? A oposição está grata por esse arsenal de decisões equivocadas. A economia de São Paulo não vai quebrar. Já está quebrada. A de Mairiporã, idem na mesma data.
INEXPLICÁVEL
O presidente da Câmara, Ricardo Barbosa, que tantas mudanças promoveu durante seu mandato, segue pecando imperdoavelmente em não disponibilizar antecipadamente a pauta das sessões. Não se sabe o que será discutido e votado. A sessão de ontem foi assim. E para não quebrar o rito condenável que continua como marca registrada dos vereadores, projetos foram incluídos na ordem do dia de última hora. Vergonhoso!
DEFEITO
Muitos dos funcionários nomeados politicamente em cargo comissionado, pouco ou nada fazem no expediente da Prefeitura. Isso vem de anos. Agora, com o coronavírus e decisões sobre isolamento, pode-se afirmar que essa parcela de comissionados continua com o péssimo defeito da falta de vontade de trabalhar.
