OS ELEITORES de Mairiporã optaram por eleger Antônio Aiacyda para ser o prefeito da cidade pelos próximos quatro anos. Diferentemente do primeiro período em que governou a cidade, entre 2005/2008, quando os recursos jorravam com constância, a tarefa agora é muito mais difícil. Quando deixou o cargo em 2012, após dois mandatos, o município contabilizava 80,920 habitantes. Hoje, passados quatro anos, esse número está próximo de 95 mil.
Com quedas na arrecadação, mês após mês, e repasses da União e do Estado reduzidas, além de convênios bloqueados, colocadas na conta da crise econômica, o administrador municipal terá que se armar de paciência e criatividade. Não será surpresa se, alguns meses depois da posse, Aiacyda enfrentar um mais que provável ‘isolamento político’, ainda que venha a conquistar a maioria na Cãmara de Vereadores, o que vai complicar sua administração.
Além disso tudo, vai encontrar uma prefeitura com poucos recursos, dificuldade em honrar contratos existentes e poquíssima capacidade de pagamento e investimento.
O Correio e o Correio Online listaram dez que o novo prefeito terá que enfrentar logo ao assumir o cargo.
1 – Contas públicas – O prefeito Márcio Pampuri disse recentemente que as contas estão equilibradas, mas haverá restos a pagar entre dívidas a curto e longo prazos. A administração contará com poucos recursos, diante da queda nos vários impostos e nos repasses recebidos de outras esferas governamentais. E não há expectativa de crescimento pelo menos nos próximos dois anos.
2 – Creches – Mesmo com a construção de três creches no governo Mário Pampuri, a defasagem ainda é grande e a fila de espera só faz aumentar.
3 – Médicos – Ano vem, ano vai, e a falta de médicos é um problema crônico nos postos de saúde, desde sempre. Com a decisão do Judiciário de proibir a Prefeitura de administrar hospitais, pode ser que sobrem recursos para minorar os problemas na área da saúde pública.
4 – Desemprego – O fechamento de vagas de emprego formal (com carteira assinada) é crescente no município, assim como em todo o país. Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados revela a dificuldade dos setores produtivos em ampliar o quadro de funcionários. Muito embora a crise seja reflexo de políticas públicas equivocadas, é possível ao município atuar de forma a atrair investimentos e fomentar o comércio.
5 – Segurança Pública – Mairiporã nunca foi ouvida pelo Governo do Estado quando o assunto é Segurança. O contingente de policiais militares é pequeno, as condições de trabalho são ruins e os equipamentos (principalmente viaturas) estão sucateados. Com a crise e o aumento do desemprego, o cenário fica ainda pior. Mesmo que a responsabilidade pela Segurança seja do Estado, o município pode contribuir oferecendo bons serviços públicos e até criar a Guarda Municipal. As estatísticas de homicídios, furtos, roubos e estupros são alarmantes.
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