MAIRIPORÃ fechou o ano de 2019 com mais de 700 crianças na fila de espera por vaga em creche em Mairiporã. O número tem como base a última publicação feita pela Prefeitura na Imprensa Oficial do Município, em outubro de 2019. Daquele mês até agora, o número só fez aumentar, pois não houve nenhuma oferta de vaga no período.
E pelo comportamento verificado pelo governo de Antônio Aiacyda, não há qualquer expectativa de que creches sejam abertas e vagas criadas este ano.
Sobre a importância de se ofertar vagas às crianças, em reportagem na Rede Globo, Karen Justo, pedagoga e professora da educação infantil na rede pública de Fortaleza foi enfática: “Na educação infantil a gente não deve falar em ‘dar aula’, mas sermos os facilitadores que vão proporcionar experiências e também aprender com as crianças”, observa a no Ceará, Karen Justo. Ela pontua que, atualmente, as teorias mais modernas entendem o papel do primeiro educador, que é a família, do segundo, o professor, e do terceiro, que são as ambientações.
Ela é estudiosa do método Picker (Emmi Pikler, pediatra austríaca viveu entre 1902 e 1984), “abordagem que busca o respeito da singularidade de uma infância plural”. “Nenhuma infância é igual a outra. E entender a criança, o bebê, como um cidadão de direito, passa por entender que o professor é um garantidor e um validador dos seus direitos. O direito de brincar, de conhecer”, exemplificou.
Em Mairiporã é cada vez maior o número de mães que precisam ingressar no mercado de trabalho para ajudar no orçamento doméstico. As reclamações são constantes e algumas delas se dizem revoltadas com o prefeito, que não faz desse problema, uma questão prioritária, que acaba em segundo plano por conta de outras ações de somenos importância.
Também é preciso enfatizar que o déficit de vagas, e por conseguinte a demanada, já vem acumulada de muitos anos.